Início Destaque Conclave começa com juramento na Capela Sistina; entenda

Conclave começa com juramento na Capela Sistina; entenda

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O conclave para eleger o novo pontífice começa nesta quarta-feira, 7, com a missa “Pro Eligendo Pontifice”, realizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Celebrada às 5 horas, no horário de Brasília, a cerimônia inaugura o processo de escolha do 267º chefe da Igreja Católica.

Oeste transmite a cobertura do conclave a partir das 11 horas, no horário de Brasília, com análises e comentários de Ana Paula Henkel, Carlo Cauti, Bernardo Küster e padre José Eduardo.

Os 133 cardeais eleitores recebem cédulas específicas, conforme determina a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis. O documento, redigido por João Paulo II, em 1996, reúne as normas que regem o funcionamento do conclave.

Retangular e dobrável ao meio, o papel traz a inscrição “Eligo in Summum Pontificem” (“Elejo como Sumo Pontífice”) e espaço para escrever o nome do escolhido.

Antes da primeira rodada, o último cardeal diácono sorteia nove colegas: três escrutinadores, três infirmarii — encarregados de recolher os votos dos enfermos — e três revisores. Se algum nome sorteado estiver impossibilitado, outro cardeal é escolhido em seu lugar.

Em seguida, o secretário do Colégio Cardinalício, o mestre de cerimônias e os ajudantes deixam a Capela Sistina. O último cardeal diácono então fecha a porta, reabrindo-a apenas quando necessário — como nas saídas dos infirmarii para atender os cardeais acamados.

Cardeais juram em voz alta diante do altar

A votação ocorre em ordem de precedência. Cada cardeal vai ao altar com a cédula nas mãos e declara em voz alta: “Chamo como minha testemunha Cristo Senhor, que me julgará, que meu voto é dado àquele que, segundo Deus, considero que deva ser eleito”. Em seguida, deposita o voto em uma urna.

Os eleitores que não conseguem se levantar recebem ajuda de um escrutinador. Depois do juramento, entregam o voto ao colega, que o leva visivelmente até o altar e o deposita sem repetir a fórmula.

Quando há cardeais enfermos fora da Capela, os infirmarii levam cédulas e uma urna selada — exibida previamente aos presentes para garantir transparência. Os doentes seguem o mesmo ritual, com juramento e inserção da cédula pela abertura da caixa.

Ao retornarem, os escrutinadores conferem a quantidade de votos recebidos. Se a contagem coincidir com o número de enfermos, eles próprios inserem os votos na urna central. Caso contrário, descartam o lote.

Escrutinadores conferem os votos no conclave e anunciam os nomes

Com todos os votos reunidos, o primeiro escrutinador embaralha a urna. O último confere o total. Em seguida, três cardeais se sentam à mesa e iniciam a apuração.

Cada um lê e registra os votos. O último perfura cada cédula sobre a palavra “Eligo” e passa os papéis por uma linha, amarrando as pontas para preservar o material até o fim da contagem.

Os escrutinadores mantêm as cédulas visíveis durante toda a revisão. Nesta eleição, são necessários 89 votos — o equivalente a dois terços do colégio — para declarar o novo papa.

Ao final da apuração, os escrutinadores queimam os votos. A fumaça branca sinaliza que houve eleição. Fumaça preta, ao contrário, revela que o pontífice ainda não foi escolhido.

Os cardeais votam quatro vezes ao dia: duas pela manhã e duas à tarde. Se não houver acordo depois de três dias, o processo é suspenso por 24 horas para oração e exortação espiritual.

Rodadas seguem até o limite de 21 votações

A pausa se repete depois de sete, 14 e 21 votações, sempre com o mesmo objetivo: orar, refletir e conversar livremente. Se, depois da 21ª votação, ainda não houver eleito, as rodadas seguintes ficam restritas aos dois nomes mais votados no escrutínio anterior.

Esses dois não podem votar, mas seguem como candidatos. Mesmo nessas condições, o eleito precisa conquistar dois terços dos votos para assumir o Trono de São Pedro.



Via Revista Oeste

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