O pastor e cantor gospel André Valadão e sua mulher, a influenciadora digital Cassiane Montosa Pitelli Valadão, criaram um banco digital para cristãos. Trata-se do Clava Forte Bank, que tem o objetivo de oferecer soluções inovadoras para igrejas, instituições e pastores. É a primeira iniciativa desse tipo no Brasil.
A empresa não consta entre as instituições autorizadas pelo Banco Central (BC), nem possui afiliação à Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo a assessoria do Clava Bank, a fintech opera como um correspondente bancário e oferece serviços financeiros diretamente aos clientes sob o modelo de “bank as a service”, o que elimina a necessidade de autorização do BC.
O Clava Forte Bank oferece serviços financeiros como cartões de crédito pré-pagos e gestão de contas digitais para igrejas e pastores, além de linhas de crédito para entidades religiosas. Também disponibiliza seguros, cashback e marketplace — todos adaptados às necessidades das instituições cristãs. Não houve divulgação sobre o número de clientes nem o valor movimentado até agora.
Para abrir uma conta, é obrigatório possuir um código de convite, tanto no site quanto no aplicativo disponível para iOS e Android. Na seção de perguntas e respostas do site do Clava Bank, são fornecidas instruções para se tornar cliente, mas não há opção disponível sem o código. Em suas redes sociais, o banco declara ter compromisso com o crescimento do Reino de Deus, através de serviços financeiros inovadores e seguros.
Os negócios de André Valadão
André Valadão também ocupa a presidência da Lagoinha Global, uma igreja batista com cerca de 700 unidades. De acordo com o site do Serasa, o Clava Forte e a Igreja Lagoinha estão situados no mesmo edifício em Belo Horizonte.
A Lagoinha começou os trabalhos em 1957, pelas mãos do pastor José Rego do Nascimento, e passou para a família Valadão em 1972. Márcio Valadão assumiu a presidência naquele ano e entregou o comando em 2022 ao filho André. No fim do ano passado, André enfrentou conflitos com as irmãs Ana Paula e Mariana por causa do suposto uso indevido da marca e de desentendimentos sobre a direção da igreja.