O pastor-belga-malinois Machi ajudou a Polícia Militar a localizar mais de 2 mil porções de drogas escondidas atrás de uma parede falsa coberta com azulejos, em uma casa desocupada no bairro do Rio Pequeno, na zona oeste de São Paulo. A apreensão ocorreu nesta terça-feira, 3.
Equipes do 5° Batalhão de Choque, do Canil, patrulhavam a região — conhecida pelo intenso tráfico de entorpecentes — quando o cão policial mudou de comportamento e sinalizou uma residência aparentemente abandonada.
Durante as buscas, Machi farejou insistentemente uma parede revestida com azulejos. Diante da suspeita, o policial responsável pelo animal utilizou uma faca para remover parte do revestimento, que estava fixado com argamassa.
Esconderijo sofisticado dificultava localização das drogas
Atrás da parede, os policiais encontraram um compartimento construído para armazenar drogas. No local, foram apreendidas cerca de 2,6 mil porções de maconha e crack, de acordo com informações da PM.
Também foram encontrados mais de R$ 1 mil em dinheiro, máquinas seladoras, cadernos com anotações sobre a movimentação do tráfico, cartões bancários e documentos pessoais em nome de um homem que agora é investigado.
Todo o material foi recolhido e encaminhado à perícia. O caso foi registrado como tráfico de drogas na 6ª Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), que segue com as apurações para identificar o responsável pelas substâncias.

Como são treinados os cães policiais de SP
A PM-SP conta com cerca de 300 cães treinados para atuar em diversas frentes, como localização de drogas, explosivos, pessoas desaparecidas e proteção de tropas. Esses animais, os chamados K9s, são preparados desde os primeiros dias de vida.
A relação entre cão e policial — chamada de binômio — é próxima, e o tutor do animal costuma permanecer com ele até a aposentadoria, que ocorre por volta dos dez anos de idade. Depois desse período, é comum que o policial adote o cão.
A capacidade olfativa dos cães ainda supera qualquer tecnologia disponível e é essencial para operações policiais. Um dos exemplos mais notáveis é o pastor-belga Tank, que foi responsável por apreender mais de duas toneladas de drogas em apenas dois anos de serviço.