Zema ironiza férias de Haddad: ‘7 dias sem imposto’

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ironizou as férias do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por meio de uma publicação em seu perfil oficial no Instagram. A imagem divulgada nesta segunda-feira, 16, mostra Haddad sentado em uma cadeira de praia e lendo um livro fictício intitulado IOF for Dummies (“IOF para leigos”, em português).

Na imagem, surgem os dizeres: “Haddad entrou de férias hoje! 7 dias sem imposto!”. Na legenda da postagem, Zema escreveu: “Timing é tudo!”. O conteúdo satiriza a ausência de Haddad no momento em que a Câmara dos Deputados analisa um pedido de urgência para votar um projeto que tenta barrar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

As férias de Haddad foram antecipadas por decisão publicada no Diário Oficial da União no começo do mês. Inicialmente previstas para julho, as folgas começaram em 17 de junho e vão até o dia 22. Durante esse período, o secretário-executivo Dario Durigan assume o comando do Ministério da Fazenda.

Críticas se intensificam durante recesso de Haddad

A ausência do ministro ocorre em meio a reações negativas do Congresso Nacional a medidas editadas pelo governo que aumentam a tributação sobre investimentos que antes eram isentos, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e do setor imobiliário (LCI). A decisão gerou insatisfação entre os parlamentares, inclusive entre aliados do governo.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que inicialmente elogiou a condução da equipe econômica, passou a criticar a proposta. “Não aceito usar a presidência da Casa para atender a projetos políticos de terceiros”, declarou. Em resposta, Haddad buscou amenizar a tensão e elogiou Motta, ao chamar sua postura de “prudente”.

Para conter o desgaste, o governo anunciou mudanças nas propostas, como a redução da alíquota sobre o risco sacado e maior flexibilidade nas regras de isenção para a previdência privada. A equipe econômica estima que o novo pacote de medidas poderá gerar uma arrecadação adicional entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões em 2025.