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Trump avalia bombardeio contra o Irã, que cogita revide, diz site

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antecipou sua saída da Cúpula do G7 para retornar a Washington e convocar uma reunião de emergência com sua equipe de segurança nacional, de acordo com o site norte-americano Axios.

A decisão foi motivada pelo agravamento do conflito entre Israel e Irã, e pela possibilidade de um ataque norte-americano contra instalações nucleares iranianas. A reunião, realizada na Sala de Situação da Casa Branca nesta terça-feira, 17, durou cerca de uma hora e vinte minutos.

Antes do encontro, três autoridades norte-americanas afirmaram que Trump estava “seriamente considerando” a possibilidade de se unir ao conflito e ordenar uma ofensiva contra instalações nucleares iranianas, com foco especial na unidade subterrânea de enriquecimento de urânio em Fordow.

Durante o voo de volta no Air Force One, o jato da Presidência dos EUA, Trump declarou a jornalistas que não estava interessado em um “cessar-fogo”, mas em um “fim real” para a guerra e para o programa nuclear iraniano.

Ele também mencionou a possibilidade de um encontro direto com autoridades iranianas ainda nesta semana, mas condicionou a realização da reunião a “o que acontecer quando eu voltar” a Washington.

De acordo com dois oficiais israelenses ouvidos pelo Axios, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e a cúpula da defesa israelense acreditam que Trump deverá se juntar ao conflito nos próximos dias. Até o momento, os Estados Unidos têm auxiliado Israel apenas em ações defensivas, sem participar de ofensivas contra o Irã.

O vice-presidente J.D. Vance saiu em defesa de Trump diante de críticas recebidas por setores do movimento Make America Great Again (MAGA), que se opõem ao envolvimento em guerras no exterior.

Em uma postagem extensa na rede X, Vance afirmou que “o presidente demonstrou contenção notável ao manter o foco militar em proteger nossas tropas e cidadãos”. Ele completou que Trump “poderá decidir que é necessário agir para encerrar o enriquecimento iraniano”.

Trump também manifestou sua posição em publicações na plataforma Truth Social. “Agora temos controle total e completo do espaço aéreo sobre o Irã”, disse. “O Irã tinha bons rastreadores de céu e outros equipamentos defensivos, e em grande quantidade, mas não se comparam aos fabricados pelos Estados Unidos.”

Em seguida, alertou o aiatolá do Irã, Ali Khamenei: “Sabemos exatamente onde o chamado ‘Líder Supremo’ está escondido”, revelou. “Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá — Não vamos eliminá-lo (matar!), pelo menos por agora. Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados norte-americanos. Nossa paciência está se esgotando.”

Congresso debate limites da autoridade de Trump para atacar o Irã

Enquanto o cenário de possível ofensiva militar se desenha, o Congresso norte-americano evita posicionamentos diretos sobre a necessidade de autorização legislativa para que Trump ataque o Irã. Líderes do Senado têm se esquivado da questão e alegado que os limites da autoridade do presidente como comandante em chefe das Forças Armadas são debatidos há muito tempo.

O líder da maioria no Senado, John Thune, limitou-se a dizer: “Essas questões têm sido debatidas, litigadas por muito tempo sobre… quanta autoridade o presidente tem como comandante em chefe”.

Já o líder da minoria democrata, Chuck Schumer, afirmou em coletiva de imprensa: “Acredito que o Congresso e o Senado, os democratas do Senado, se necessário, não hesitarão em exercer nossa autoridade.”

Fontes ouvidas pelo Axios relataram que senadores pressionam Schumer nos bastidores pela manutenção da flexibilidade militar dos Estados Unidos diante da situação. Paralelamente, cresce o movimento liderado pelo senador Tim Kaine, que busca apoio entre republicanos para aprovar uma resolução de poderes de guerra.

O senador Rand Paul, considerado o republicano mais propenso a apoiar a resolução, ainda não declarou sua posição. Ele sustenta que a Constituição exige autorização do Congresso para ataques militares.

No entanto, mesmo que a resolução fosse aprovada no Senado, ainda teria de passar pela Câmara dos Deputados, de maioria republicana, e enfrentaria provável veto de Trump, o que exigiria maioria qualificada para ser derrubado.

Autoridades influentes, como o presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, Roger Wicker, e o presidente do Comitê de Relações Exteriores, Jim Risch, se recusaram a comentar o tema e o classificaram como “sensível” e uma “questão muito complicada”.

Ainda assim, alguns senadores republicanos sugeriram apoio tácito ao presidente. “Uma única incursão de bombardeio, historicamente, não foi entendida como requerente de autorização do Congresso”, afirmou Ted Cruz. Perguntado sobre a necessidade de autorização legislativa para um ataque ao Irã, Lindsey Graham foi direto: “Não”.

Via Revista Oeste

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