Após o fracasso das negociações com a Honda, a fabricante de veículos japonesa procura um novo parceiro em potencial
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A novela envolvendo o futuro da Nissan continua. Após o fracasso das negociações para uma fusão com a Honda, o que criaria um dos maiores conglomerados automotivos do mundo, a fabricante de veículos japonesa procura um novo parceiro em potencial.
Entre os possíveis candidatos estão a empresa de tecnologia Foxconn e até mesmo a Tesla. Segundo reportagem do Financial Times, a proposta foi apresentada por um grupo de investidores liderado pelo ex-primeiro-ministro japonês Hiro Hizuno, um ex-membro do conselho da empresa de Elon Musk.
Acordo possibilitaria aumento da produção nos EUA
Embora a informação não tenha sido confirmada oficialmente por nenhum dos envolvidos na suposta negociação, o acordo seria benéfico tanto para a Nissan quanto para a Tesla. A empresa de veículos elétricos busca expandir suas capacidades de produção nos Estados Unidos, enquanto a japonesa pretende reduzir os investimentos no país.
Neste cenário, uma eventual parceria permitiria que a companhia de Musk utilizasse as três fábricas da Nissan nos EUA. Isso livraria a montadora das novas tarifas de importação anunciadas por Donald Trump para produtos fabricados no exterior.
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O plano apresentado por Hizuno prevê a formação de um consórcio de investidores, com a Tesla sendo a principal participante. No entanto, abre a possibilidade de a Foxconn também participar, como acionista minoritário.
O próprio Elon Musk se pronunciou sobre o assunto no X (antigo Twitter). Ele afirmou que a fábrica da Tesla “é o produto” e que a linha de produção do Cybercab é inigualável no setor automotivo. Uma declaração que parece afastar qualquer possibilidade de acordo.
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Nissan enfrenta grave crise financeira
- A empresa japonesa anunciou, no início deste ano, planos para reduzir a produção nos EUA em cerca de 25%.
- Além disso, a fabricante de veículos pretende reduzir a sua força de trabalho em quase dois mil funcionários até o final de 2025.
- No mundo todo, a capacidade de produção seria reduzida em 20% para o ano fiscal de 2026.
- Neste cenário, analistas afirmam que uma fusão, independentemente de quem fizesse parte do acordo, poderia ‘salvar’ a empresa.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital