A oposição comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que concedeu a prisão domiciliar à cabeleireira Débora dos Santos, de 39 anos. A mulher estava detida preventivamente desde 17 de março de 2023 por ter participado da manifestação do 8 de janeiro de 2023 e ter escrito com batom “perdeu, mané” na estátua da Justiça.
Na sexta-feira 28, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, acatou a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que recomendou a prisão domiciliar para Débora dos Santos.
Pelas redes sociais, a líder da minoria na Câmara, deputada Carol de Toni (PL-SC), afirmou que a decisão é uma “pequena vitória perto de tantas injustiças que Débora está sofrendo”.
“Débora, só para lembrar, foi aquela que escreveu ‘perdeu, mané’ com batem na estátua do Supremo Tribunal Federal e está presa sem ver seus filhos menores há mais de dois anos”, relembrou De Toni. “Aparentemente, tende a ser condenada a 14 anos de prisão, o que é um absurdo e não é admissível em um estado de direito, sendo que não tem nenhuma periculosidade na conduta dela. Inclusive, ela já se arrependeu, conforme vídeo divulgado do seu depoimento.”
Zucco comemora decisão sobre o caso Débora
O líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), também definiu como uma “vitória do clamor popular e da mobilização das redes sociais” a decisão que concede a prisão domiciliar para a cabeleireira.
“No entanto, ainda há muito sofrimento e injustiça”, disse. “Centenas de brasileiros seguem presos injustamente, e essa luta não pode parar. O batom, que se tornou um símbolo da resistência e da busca por justiça, agora representa também o movimento pela Anistia. Que essa marca de coragem e determinação inspire ainda mais pessoas a se unirem a essa causa.”
Zucco ainda destacou a importância das manifestações populares pela anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023, como a prevista para ocorrer em São Paulo, em 6 de abril.
“Milhares de vozes se erguerão para exigir justiça e liberdade. Seguiremos firmes, ampliando a pressão pela anistia e pela garantia dos direitos fundamentais de todos os brasileiros”, afirmou.