O Ibama acompanhou, nesta terça-feira (7), o trabalho de mergulhadores que verificaram a localização exata de um dos caminhões que transportavam agrotóxicos e afundaram no rio Tocantins após a queda da ponte Juscelino Kubitschek, entre os estados de Tocantins e Maranhão.
O órgão informou que a retirada do veículo e dos tanques depende principalmente das condições climáticas da região. A ponte desabou em 22 de dezembro, causando 14 mortes; três pessoas ainda estão desaparecidas.
O que se sabe até agora é que o vão central da ponte, com 533 metros de extensão, cedeu, derrubando quatro caminhões, três veículos de passeio e três motocicletas. Segundo a Agência Brasil, o Ministério dos Transportes anunciou aporte de R$ 100 milhões para a recuperação da travessia, que, atualmente, é feita por balsas.
Na segunda-feira (6), os mergulhadores confirmaram a fissura de duas bombas abastecidas com 23 mil litros de ácido sulfúrico. Um relatório oficial com as informações obtidas a partir dos mergulhos foi solicitado à Pira-Química, responsável pelo caminhão, com previsão de entrega para esta quinta-feira (9).
- O outro caminhão que carregava 40 mil litros do mesmo produto perigoso estaria intacto, segundo análise visual feita pelo Comando da Marinha;
- A Videira, companhia proprietária do veículo, vai fazer o monitoramento do tanque e apresentar análise de riscos para retirada do caminhão;
- Já a Sumitomo, responsável pelo terceiro caminhão, que também levava agrotóxicos, contratou uma empresa para a retirada das bombonas carregadas com os produtos químicos.
Custo ambiental ao rio Tocantins
Uma análise da qualidade da água do rio Tocantins ainda está em andamento sob o comando da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão, em conjunto com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Até o momento, os parâmetros avaliados estão dentro da normalidade para água doce. Desde a queda da ponte, não foi constatado impacto à fauna local, segundo o Ibama. O Centro Nacional de Emergências Ambientais e Climáticas também acompanha o caso.
“O Instituto reforça sua solidariedade com as famílias das vítimas e com todos os envolvidos e reitera seu compromisso na defesa ambiental e na mitigação dos impactos à biodiversidade”, diz o comunicado do Ibama.