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Contas públicas têm superávit em meio à alta da inflação

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As contas públicas consolidadas, que abrangem a União, Estados, municípios e empresas estatais, registraram um superávit primário de R$ 104,1 bilhões, em janeiro de 2025 no Brasil. O índice foi superior aos R$ 102,1 bilhões registrados no mesmo mês de 2024, de acordo com o Banco Central (BC).

A dívida do setor público consolidado registrou queda de 0,8 ponto percentual no começo deste ano. Por causa da alta do superávit primário, a dívida atingiu 75,3% do Produto Interno Bruto (PIB) (R$ 8,9 trilhões).

Inflação afeta as contas públicas

Apesar do superávit primário, o déficit acumulado nos últimos 12 meses chegou a R$ 45,6 bilhões, ou 0,38% do PIB, o que revela um quadro fiscal ainda deficitário no longo prazo.

No geral, o quadro fiscal permanece desafiador, com um déficit nominal acumulado de R$ 956,5 bilhões (8,05% do PIB) em 12 meses até janeiro de 2025. Há uma leve melhoria em relação ao déficit de R$ 998 bilhões (8,45% do PIB) registrado em dezembro de 2024.

A economia, no entanto, está em um processo de desaceleração, com a inflação em um processo de alta, o que deve reduzir o crescimento do Produto Interno Bruto neste ano.

“No Brasil, a inflação acelerou, impulsionada pelo aumento dos preços da conta de luz, da gasolina e das mensalidades escolares”, relata, nesta sexta-feira, 14, o estudo diário Research XP.

Segundo o relatório, as expectativas de mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano aumentaram de 5,65% para 5,68%.

“O consenso de mercado para este ano com relação a todos os principais grupos – alimentação no domicílio, serviços, bens industriais e monitorados – apontou para alta nos últimos meses.”

O déficit acumulado é o resultado primário do governo, ou seja, a diferença entre receitas e despesas correntes, sem incluir os juros pagos sobre a dívida.

Já o déficit nominal é a diferença entre as receitas e as despesas do governo, o que inclui tanto o superávit ou déficit primário e os juros da dívida pública. Na prática, é o valor que o governo precisa “tomar emprestado” para cobrir não apenas suas despesas correntes, mas também os pagamentos de juros da dívida existente.

Via Revista Oeste

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