Início Destaque Ao menos 36 cristãos são mortos em três dias na Nigéria

Ao menos 36 cristãos são mortos em três dias na Nigéria

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Pelo menos 36 cristãos foram mortos e outros nove ficaram feridos em ataques a vilarejos na região central da Nigéria, na África, entre os dias 24 e 26 de maio. As ações foram atribuídas a militantes fulânis, segundo a Diocese de Makurdi e a fundação católica Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).

Os fulânis são um grupo étnico majoritariamente muçulmano presente em vários países da África Ocidental, incluindo a Nigéria. Parte das disputas ocorre por terra e por recursos com comunidades agrícolas, frequentemente cristãs.

O primeiro ataque ocorreu na vila de Tse Orbiam, em Gwer West. Na mesma noite, o padre Solomon Atongo, da paróquia de Jimba, foi alvo de um disparo na perna ao voltar de uma missa. A diocese pediu orações pela recuperação do padre.

Os dois passageiros que o acompanhavam foram alvo de sequestro. “Padre Atongo está recebendo tratamento médico”, informou Ori Hope Emmanuel, da Fundação Justiça, Desenvolvimento e Paz da diocese. Pouco depois, um agricultor morreu a tiros em sua fazenda.

No dia seguinte, 25 de maio, homens armados atacaram o vilarejo cristão de Aondona e mataram 20 moradores. “Fulânis-jihadistas fortemente armados abriram fogo indiscriminadamente, causando pânico e confusão generalizada”, informou Emmanuel.

Ataques a cristãos seguem em outras vilas da Nigéria

Em Yelewata, distrito de Guma, três cristãos foram assassinados: um pai, seu filho adolescente e uma criança de 2 anos. A mãe ficou gravemente ferida. Segundo o relato, o ataque ocorreu depois da agressão a um agricultor cristão de 67 anos, que teve sua plantação destruída.

Milicianos voltaram a atacar Tse Orbiam na madrugada do dia 26, matando mais cinco pessoas. Horas depois, outras seis morreram em Ahume, Gwer West, entre elas um policial da unidade móvel. “Eles dispararam contra indivíduos de forma indiscriminada”, afirmou Emmanuel.

No último atentado, na estrada Naka-Adoka, também em Gwer West, um ataque coordenado mirou moradores e viajantes. Uma pessoa morreu e seis ficaram feridas.

O padre Oliver Ortese, presidente do Conselho Consultivo Internacional da Diocese de Makurdi, criticou a ausência de resposta das forças de segurança. “Há um posto militar com soldados do Exército nigeriano no local do ataque”, informou. “Isso nos deixa com muitas perguntas. Estavam dormindo enquanto os tiros aconteciam?”.

Ele alertou para as consequências sociais. “Eles estão criando crises humanitárias”, afirmou padre Ortese. “Quem sobrevive vai parar em acampamentos, onde vira mendigo para tentar viver. Você não consegue imaginar a realidade em que vivemos. Isso é horror, isso é terror.”



Via Revista Oeste

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