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“Vida fora das telas está chata para meninos“, diz Jonathan Haidt à CNN

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O psicólogo social Jonathan Haidt, autor do livro “A Geração Ansiosa”, trouxe à tona uma preocupante realidade enfrentada pelos jovens do sexo masculino na era digital. Em entrevista à CNN, Haidt destacou como o ambiente on-line está afetando negativamente o desenvolvimento dos meninos, tornando a vida fora das telas aparentemente “chata” para eles.

Segundo Haidt, o problema central para os meninos está relacionado à dopamina e ao vício. “A dopamina, um neurotransmissor essencial nos centros de aprendizagem, motivação e recompensa do cérebro, é fortemente estimulada por videogames, pornografia e até mesmo pelo uso de produtos com nicotina”, diz.

O psicólogo explica que o circuito de dopamina se adapta à estimulação crônica, reduzindo sua sensibilidade. Isso resulta na necessidade de mais estimulação para que o jovem se sinta “normal”. “Consequentemente, quando não estão conectados, muitos garotos encontram dificuldades em realizar atividades fora do ambiente digital, pois estas parecem entediantes em comparação”, afirma.

 

Haidt ressalta que esse fenômeno está impactando negativamente o desempenho acadêmico dos meninos. Embora não tenha citado dados específicos do Brasil, o psicólogo afirma que em diversos países os garotos estão apresentando um declínio em seu rendimento escolar em comparação com as meninas.

Isolamento social e dificuldades na vida adulta

Outro ponto alarmante levantado por Haidt é o isolamento social provocado pelo uso excessivo de telas. Quanto mais tempo os jovens passam em videogames, menos desenvolvem amizades reais. Isso pode levar a problemas significativos na vida adulta.

O psicólogo observa que, ao acompanhar o desenvolvimento desses jovens até a idade adulta, as meninas tendem a ter mais sucesso em concluir o ensino médio, a faculdade, conseguir emprego e sair da casa dos pais. “Em contrapartida, os meninos têm maior probabilidade de, aos 28 ou 30 anos, ainda morarem com os pais, jogando videogames e consumindo pornografia”.

Diante desse cenário, Haidt oferece algumas sugestões para as famílias, especialmente aquelas com filhos ainda jovens. “A principal recomendação é estabelecer a regra de ‘nenhuma tela no quarto, nunca’”. Ele sugere que computadores e dispositivos com acesso à internet sejam mantidos em áreas comuns da casa, como a sala de estar ou a cozinha.

O psicólogo também alerta sobre os perigos de permitir que crianças e adolescentes interajam com estranhos on-line, mesmo em plataformas supostamente seguras para crianças. Haidt recomenda que, se for necessário fazer uma exceção para trabalhos escolares, o dispositivo deve ser devolvido após o uso.

Por fim, Haidt enfatiza a importância de estabelecer um horário limite para o uso de telas, sugerindo que após as 22h não haja mais acesso a dispositivos eletrônicos no quarto. “Essas medidas visam proteger os jovens de potenciais riscos on-line e promover um desenvolvimento mais saudável e equilibrado”, declara.

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Via CNN

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