O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, propôs, nesta quinta-feira, 15, que os EUA assumam o controle da Faixa de Gaza. Isso, segundo ele, seria feito com a neutralização do grupo terrorista Hamas e a transformação da região em uma zona de liberdade”, que garantirá segurança e oportunidades para a população local.
“Se for necessário, acho que eu teria orgulho que os Estados Unidos a tivessem, tomassem e transformassem em uma zona de liberdade”, declarou Trump. “Que coisas boas aconteçam, que as pessoas possam viver em casas onde estejam seguras, e o Hamas terá que ser enfrentado.”
Foi a primeira vez que ele deu este tipo de declaração diante de líderes árabes, em uma reunião no Catar. O país tem desempenhado um papel central nas negociações sobre o cessar-fogo e a troca de reféns em Gaza.
No diálogo com o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, ambos mostraram uma cordialidade que seria muito difícil de existir em tempos recentes.
Trump também afirmou que o controle de Gaza pelos EUA poderia trazer estabilidade para o Oriente Médio. O objetivo é o de atrair as nações, outrora inimigas de Israel, por meio de tecnologia e parcerias comerciais e militares. O presidente também afirmou que isso poderia trazer estabilidade para o Oriente Médio.
Outro argumento de Trump é o de que a iniciativa, além de encerrar a guerra, iria possibilitar um desenvolvimento econômico sem precedentes para a região.
Ele acrescentou: “Eles nunca resolveram o problema de Gaza, e se você observar, eu tenho imagens aéreas — praticamente não há prédios de pé, não há construções.”
Trump seguiu sua crítica com um comentário impactante: “Há pessoas vivendo sob os escombros de prédios que desabaram, o que é inaceitável; é uma morte em massa”, observou. “E eu quero ver aquilo se tornar uma zona de liberdade.”
Trump defende desenvolvimento econômico em Gaza
Durante a conversa, Trump também afirmou que, caso os EUA assumissem o controle de Gaza, os trabalhos para o desenvolvimento econômico gerariam “um número ilimitado de empregos e moradias para as pessoas da área”.
Quando questionado sobre a possibilidade de uma ocupação permanente, Trump respondeu: “Vejo isso como uma posição de propriedade de longo prazo, e vejo isso trazendo grande estabilidade para essa parte do Oriente Médio e talvez para todo o Oriente Médio.”
Em janeiro, Trump também fez uma sugestão similar, ao propor que Jordânia e Egito aceitassem os palestinos para “limpar” Gaza. Durante uma coletiva a bordo do Air Force One, ele declarou:
“Estamos falando provavelmente de um milhão e meio de pessoas, e apenas limparíamos tudo aquilo”, afirmou o presidente, que gerou polêmica com a declaração, principalmente entre líderes europeus e do Oriente Médio. “Não sei. Algo precisa acontecer, mas aquilo é literalmente um canteiro de demolição agora.”
Na época, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, respondeu que a sugestão de Trump seria alinhada aos interesses de Israel, pois ajudaria a garantir que Gaza nunca mais representasse uma ameaça para o país.
