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treino antes da estreia no Brasil atrai atenção do mundo

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A seleção brasileira voltou a ser atração para a imprensa internacional por causa da chegada do técnico italiano Carlo Ancelotti. No treino desta terça-feira, 9, na Neo Química Arena, em São Paulo, às 21h45m havia uma quantidade de jornalistas estrangeiros maior do que a dos jogos mais recentes da equipe nacional. Será a estreia do técnico no Brasil como comandante da Seleção.

Estavam presentes jornalistas da Suécia, da China, do Japão e do Paraguai, cuja seleção enfrentará a do Brasil nesta terça-feira, 10. A grande movimentação se manteve desde a apresentação de Ancelotti, no dia 26 de maio.

Para o repórter Santiago Gonzalez, da TV Telefuturo, do Paraguai, o comandante da equipe brasileira realmente atrai a atenção.

“Indubitavelmente estamos falando de um técnico que terá que se adaptar também a este mercado e o Brasil ou vai adorar ou vai odiar, dependendo da classificação, mas mais do que a classificação, de como vai conseguir essa classificação com o Brasil.”

A curiosidade da imprensa internacional vai além da empolgação em torno do nome do treinador. O que se busca saber é até que ponto os jogadores brasileiros finalmente vão mostrar eficiência dentro de campo para fazer jus à tradição da seleção nacional.

“[Contratar o técnico consagrado] Não é suficiente para um país como este e com uma tradição como esta”, avalia Gonzalez a Oeste. “Conseguir ir ao Mundial, isso pode ser uma tarefa para qualquer outro time, para qualquer outra seleção, mas transformar o Brasil com o Ancelotti em um futebol na altura do Brasil, provavelmente seja a maior expectativa que tem seu público.”

A situação era uma continuidade do que foi a apresentação de Ancelotti. A primeira entrevista do italiano atraiu mais de 200 jornalistas, de pelo menos oito países. O evento teve de ser transferido da sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o auditório do Hotel Gran Hyatt, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, bem mais espaçoso.

A assessoria da entidade recebeu mais de 500 pedidos de credenciamento para a cerimônia de apresentação da CBF, feitos por veículos e agências de notícias internacionais com correspondentes e jornalistas da Espanha, onde Ancelotti trabalhava, Itália, país onde ele nasceu, Estados Unidos, Emirados Árabes, Alemanha, Japão e Chile.

Gonzalez vem cobrindo a seleção paraguaia desde o início das Eliminatórias. O momento da equipe é muito bom, está há nove jogos invicta. Viria para o Brasil de qualquer maneira. No entanto, ele sabe que, independentemente do adversário, em São Paulo, Ancelotti terá sua primeira prova de fogo.

A mídia mundial está ansiosa para ver como o treinador, acostumado a um ambiente de maior sensatez na Europa, apesar de haver outro tipo de pressão, irá reagir às cobranças implacáveis do torcedor paulista em relação à seleção.

“Em especial, talvez, ao ser aqui, além de São Paulo, um público bastante difícil, muito exigente e muito complicado”, destaca o repórter. “E eu acredito que esse é o principal desafio.”

Sinais da ditadura chinesa

Entre a mídia chinesa, sempre atenta às questões da seleção brasileira, o interesse também aumentou. Mas a forma como ele é demonstrado revela muito do que é o atual sistema ditatorial do país.

A repórter da emissora de TV local ficou com receio até de dizer a qual veículo trabalha e, ao perceber que a reportagem descobriu o nome da emissora, pediu para que não fosse revelado.

Ela também exigiu anonimato para dar seu depoimento, não muito diferente do feito pelo paraguaio. Antes, porém, ela fez uma revelação que ilustra bem o momento e a expectativa de muitos jornalistas de fora.

“Quer que eu fale como jornalista ou como torcedora?”

Outro paraguaio, o jornalista Jorge Vera, da rádio ABC Cardinal, experiente em transmissões internacionais, constatou uma mudança no ambiente em torno da seleção brasileira.

“Ancelotti dá uma hierarquia diferente ao Brasil, porque tínhamos o Brasil como uma seleção que estava passando por um mau momento e que com isso pode dar um passo adiante, todos ficaram na expectativa.”

A vinda de Ancelotti não atrai jornalista apenas por causa da seleção brasileira, acrescenta ele. Todo o futebol sul-americano, que ainda tem mais dificuldades financeiras do que o brasileiro, pode ganhar um estímulo com a chegada do italiano.

“Para todo o futebol sul-americano, enfrentar uma seleção com o Ancelotti como técnico é muito diferente do que estávamos enfrentando há alguns meses, pelo desafio e pela curiosidade.”

Via Revista Oeste

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