Um teste de DNA fez o Ministério Público Federal (MPF) pedir o aumento da pena de Jony Figueiredo da Silva, de 43 anos. Ele é um dos investigados pelo 8 de janeiro.
Silva foi preso um dia depois nas manifestações, no acampamento em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. Em um primeiro momento, ele foi denunciado por incitação ao crime e associação criminosa.
O pedido de ampliação da pena ocorreu depois que a perícia encontrou o DNA do homem em um boné deixado dentro do Congresso Nacional. De acordo com o MPF, o material “prova que ele estava dentro do prédio” no dia 8 de janeiro de 2023.
Com o teste, Silva passou a ser acusado por mais cinco crimes:
- associação criminosa armada;
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; e
- Deterioração de patrimônio tombado.
O caso começou a ser analisado na última sexta-feira, 5, por meio do plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), e pode durar até a próxima sexta-feira, 12. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.
O que diz a defesa do réu, acusado de ser o portador do DNA encontrado no boné
A defesa do réu afirma que o laudo da perícia identificou “múltiplos perfis genéticos” no boné. Por esse motivo, foi solicitada a rejeição da denúncia.
Em 6 de março, a Defensoria Pública da União havia alegado que o STF não tem competência para julgar e processar o caso envolvendo o DNA imputado a Silva. De acordo com o órgão, foi imputado uma “série de crimes gravíssimos” ao acusado, “sem que haja prova contundente da prática dos atos apontados”.