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Tarcísio, o desenvolvimentista 

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O cargo de ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro parece ter ajudado o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a tomar gosto pela área. À frente da gestão paulista, ele retomou e expandiu obras do metrô, realizou concessões e modernização de rodovias, investiu em habitação e revitalização urbana e empreendeu esforços em programas de parceria público-privada (PPP) e privatizações. 

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Na mobilidade urbana, adotou o programa SP Nos Trilhos, que reúne mais de 40 projetos voltados à expansão e modernização do transporte ferroviário no Estado. As iniciativas somam R$ 194 bilhões em investimentos e abrangem mais de mil quilômetros (km) de trilhos na Grande São Paulo, interior e litoral, com potencial para gerar 150 mil empregos.

Freitas retomou as obras da Linha 6-Laranja, com previsão de conclusão até o ano que vem, e da Linha 17-Ouro, do monotrilho, que conecta o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos. A obra, que era para estar pronta antes da Copa do Mundo de 2014, também deve ter conclusão em 2026. 

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Neste mês, anunciou modelo de concessão das linhas 11, 12 e 13, que prevê investimentos de R$ 14,3 bilhões, incluindo a modernização e expansão das estações, requalificação da infraestrutura ferroviária e o fechamento de passagens em nível para ampliar a segurança.

Assinou o termo de elaboração de estudos de viabilidade e projetos executivos para a extensão da Linha 5-Lilás até o Jardim Ângela, e tem projeto de 26 km, com 15 estações, para a Linha 19-Celeste. Com conclusão prevista para 2030, o trajeto liga Guarulhos ao centro de São Paulo. 


Em janeiro deste ano, entregou o Terminal Intermodal Varginha, da Linha 9-Esmeralda, depois de mais de 10 anos de atraso. 

Rodovias e Infraestrutura Viária


Desde 2023, Freitas anunciou investimentos na casa dos R$ 30 bilhões, em mais de 1,5 mil obras nas estradas paulistas. Até o mês passado, houve a conclusão de 544 intervenções, com 208 em andamento e 829 em caráter de previsão. 

Houve também o estabelecimento do Lote Noroeste, por meio da formalização da concessão de 600 km de rodovias para o grupo EcoRodovias. Os investimentos previstos são de quase R$ 14 bilhões, ao longo de 30 anos, de modo a beneficiar regiões do Estado, como as das cidades de São José do Rio Preto, Araraquara, São Carlos e Barretos.


Freitas entregou ainda uma extensão de 8,2 km de via perimetral em Itatiba e iniciou intervenções na rodovia Washington Luís, entre Cordeirópolis e Corumbataí, com criação imediata de 300 postos de trabalho. Além disso, há ainda a realização do primeiro túnel submerso do Brasil, que ligará Santos a Guarujá. 

Habitação e Urbanismo

Freitas também investiu esforços e capital na área da habitação. Foram mais de R$ 2 bilhões para construção de 26,6 mil novas moradias, além de iniciativas de regularização fundiária, com entrega de 974 títulos em bairros como Itaquera, Itaim Paulista e Brasilândia.


Há também o projeto de revitalização do Centro de São Paulo, por meio de uma parceria público-privada do Novo Centro Administrativo, com investimentos de mais de R$ 4 bilhões. A gestão vai transferir a sede do governo estadual para a região central, com o objetivo de promover uma grande transformação urbana. 

A estratégia de Tarcísio

Tarcísio governa São Paulo no modelo liberal-concessivo | Foto: Marcelo S. Camargo/ Governo do Estado de São Paulo

Sob o modelo liberal-concessivo, abordagem de gestão pública que prioriza a parceria com o setor privado para a execução e operação de serviços e obras públicas, em vez da realização direta pelo Estado, Tarcísio afirma que coloca o Estado no rumo correto. 

Nesse modelo, o governo atua como regulador e indutor de investimentos e oferece concessões, PPPs ou privatizações de ativos e serviços, como rodovias, metrôs, saneamento, energia, em troca de investimentos e manutenção por empresas privadas.

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A lógica por trás do modelo é a de aumentar a eficiência, reduzir os custos para os cofres públicos e acelerar a entrega de infraestrutura, para manter o foco do Estado em atividades estratégicas e regulatórias.

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Via Revista Oeste

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