Os perfis da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nas redes sociais estão fora do ar. A determinação partiu nesta quarta-feira, 4, do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A medida inclui os perfis do filho, assim como da mãe da parlamentar. O não bloqueio resulta multa diária de R$ 100 mil.
Além disso, Moraes impôs a Zambelli uma cobrança de R$ 50 mil por dia para cada nova postagem que ela, ou terceiros, fizerem reiterando condutas criminosas. A deputada deixou o país depois de uma condenação por 10 anos de prisão e perda do mandato por suposto envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
STF: tentativa de driblar a Justiça
Na terça-feira 3, Zambelli informou que estava nos Estados Unidos e que pretendia seguir para a Itália, onde tem cidadania. Diante da viagem, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou sua prisão preventiva. Moraes atendeu ao pedido prontamente e, da mesma forma, aplicou uma série de outras medidas cautelares.
Na tentativa de escapar dos bloqueios, Zambelli transferiu a titularidade de suas contas nas redes sociais para a sua mãe, Rita Zambelli, na semana anterior. A estratégia, no entanto, não deu certo. Até o momento, as plataformas suspenderam os perfis da deputada no Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok e Twitter/X.
As contas de seu filho no Instagram e de sua mãe no Twitter/X também estão sob bloqueio. Porém, seguem ativos os perfis de Zambelli no GETTR e no Telegram. Moraes disse que o bloqueio é necessário para “impedir a continuidade das condutas criminosas pelas quais Carla Zambelli foi condenada e para garantir a aplicação da lei, diante da sua fuga e das declarações de que manteria as atividades ilícitas”.
Em nota nas redes sociais, a deputada criticou a decisão do ministro. “Alexandre de Moraes determinou o bloqueio da conta de Instagram do meu filho, João Zambelli, um jovem de apenas 17 anos que está iniciando sua trajetória na vida pública. Com isso, não atacou apenas a deputada ou a cidadã Carla Zambelli. Ele atacou uma mãe”. A parlamentar prometeu levar o caso a fóruns internacionais, alegando violação das garantias constitucionais.
