Início Ciência e tecnologia Secretário de Lula acusa Meta de favorecer a ‘extrema direita’

Secretário de Lula acusa Meta de favorecer a ‘extrema direita’

0

João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação do governo Lula, criticou a decisão da Meta de amenizar a moderação de conteúdo e reduzir o financiamento a agências de checagem de fatos. Para ele, a medida representa um “convite para o ativismo da extrema direita” e um alinhamento ao governo de Donald Trump.

A principal mudança anunciada por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, envolve a ampliação do que ele chama de “discurso cívico”, ou seja, conteúdos sobre política e sociedade. Brant vê nisso uma brecha para que grupos conservadores utilizem ainda mais as plataformas, já que, segundo ele, a falta de moderação favorece discursos considerados radicais.

Outro ponto central da crítica de Brant é o impacto financeiro que a decisão da Meta pode ter sobre agências de checagem, que perderão parte do suporte da plataforma. Segundo ele, a mudança vai “asfixiar financeiramente” essas empresas, o que, em sua visão, enfraqueceria o combate à desinformação.

No entanto, agências de checagem e moderadores internos foram amplamente criticados nos últimos anos por agir de forma enviesada e censurar conteúdos que não se alinham às agendas políticas defendidas pelas instituições. Brant publicou seu texto na rede social Twitter/X nesta terça-feira, 7.

A declaração de Brant se insere em um contexto de tentativas do governo brasileiro de estabelecer maior controle sobre o ambiente digital. Nos últimos anos, propostas como o chamado PL das Fake News buscaram ampliar a influência estatal sobre as redes sociais, sob a alegação da necessidade de combater a desinformação.

CEO da Meta faz discurso em defesa da liberdade de expressão

Para Zuckerberg, as redes sociais chegaram a um ponto insustentável de censura aos usuários. Em discurso publicado nesta terça-feira, 7, o dono do Facebook, do Instagram e do WhatsApp anunciou medidas para “voltar às raízes” e restaurar a liberdade de expressão nas plataformas.

No vídeo, ele denuncia a censura da China aos aplicativos da Meta e cita explicitamente “tribunais secretos” na América Latina que ordenam a remoção de conteúdo. Zuckerberg disse que vai trabalhar com o novo presidente dos EUA, Donald Trump, para frear os impulsos autoritários de governos sobre as redes sociais.

“Vamos voltar às nossas raízes e focar em reduzir os erros, simplificar nossas políticas e restaurar a liberdade de expressão em nossas plataformas”, disse o executivo, que também afirmou ter enfrentado dificuldade de manter políticas de livre discurso nos últimos anos, quando “governos e a mídia tradicional pressionaram para censurar cada vez mais”.



Via Revista Oeste

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile