Ryan Murphy rebate críticas a “Monstros“, de Erik Menendez: “Nem assistiu à série“

O produtor Ryan Murphy, 58, se pronunciou sobre as críticas que “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais“, sua nova série, recebeu de Erik Menendez, um dos retratados na obra. Segundo Menendez, a série da Netflix era “ingênua e desonesta“.

Ao Entertainment Tonight, ao ser questionado sobre o que tinha achado das críticas de Erik Menendez, Murphy não titubeou e disse: “Tenho muito a dizer. Primeiro, acho bastante interessante que ele tenha emitido uma declaração sem ter visto a série“.

“A questão que considero interessante, e que [Erik] não menciona em sua declaração, é que, ao assistir ao programa, é possível perceber que cerca de 60 a 65 por cento do conteúdo, tanto nos roteiros quanto na forma de apresentação, se concentra nos abusos e nas alegações que eles fizeram sobre o que viveram“, continuou.

“Abordamos isso com cuidado, proporcionando a eles a oportunidade de se defenderem e de falarem abertamente sobre suas experiências. Em uma época em que é possível discutir abertamente sobre abuso sexual, abordar esse tema e considerar todos os pontos de vista pode gerar controvérsias.” Veja:

Ao ser questionado diretamente sobre a sugestão de que os irmãos mantinham um relacionamento sexual, Murphy respondeu: “Se você assistir à série, vai notar que ela apresenta as opiniões e teorias de muitas pessoas que estavam envolvidas no caso. Dominick Dunne escreveu vários artigos abordando essa teoria. Estamos mostrando seu ponto de vista, assim como o de Leslie Abramson. Era nossa responsabilidade apresentar todas essas perspectivas, e fizemos isso.”

Críticas de Erik Menendez

Erik Menendez, que foi condenado pelo assassinato de seus pais, José e Kitty, expressou recentemente críticas à minissérie “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais”. Sua declaração foi compartilhada por sua esposa, Tammi Menendez, em uma publicação na rede social X, e divulgada pela revista Variety.

“É com um coração pesado que digo que acredito que Ryan Murphy não pode ser tão ingênuo e impreciso sobre os fatos de nossas vidas a ponto de fazer isso sem más intenções”, disse ele em sua declaração.

“É lamentável perceber que a representação enganosa da Netflix sobre as tragédias que envolvem nosso crime retrocedeu dolorosamente, voltando a uma época em que a acusação sustentava a crença de que homens não sofriam abuso sexual e que o trauma do estupro era vivido de maneira diferente por eles em comparação com as mulheres”, continuou.

Entenda o crime retratado em “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais”

Em 20 de agosto de 1989, Lyle e Erik Menendez assassinaram os pais, José e Kitty, na residência da família em Beverly Hills, Califórnia, Estados Unidos. Na época, eles tinham 21 e 18 anos e dispararam espingardas mais de 12 vezes contra o casal.

Menos de um ano após os crimes, em março de 1990, Lyle foi preso, seguido por Erik três dias depois. Durante o julgamento, que ocorreu separadamente em 1995, os irmãos não tentaram negar os crimes. Ambos foram julgados e condenados à prisão perpétua. Atualmente, eles cumprem pena em regime fechado. Saiba mais sobre o crime.

Sobre a série “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais”

Na produção para a Netflix, os novatos Nicholas Alexander Chavez e Cooper Koch interpretam os irmãos condenados pelo assassinato dos pais. Já Javier Bardem (“Onde os Fracos Não Têm Vez”) e Chloë Sevigny (“Feud: Capote vs. The Swans”) vivem José e Kitty, respectivamente.

Lançada recentemente na plataforma, a série “Monstros” foi destacada pela Netflix nesta terça-feira (24) como a produção em língua inglesa mais assistida durante a semana de 16 a 22 de setembro. Estreando no dia 19, o drama registrou 12,3 milhões de visualizações e alcançou o Top 10 em 89 países, conforme informações do serviço de streaming.

Assista ao trailer de “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais”

“Monstros”: veja história dos Menendez, tema da série da Netflix