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Rumo à Lua! Módulo Athena tira primeiras fotos da Terra; veja

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Indo rumo à Lua, o módulo Athena tirou suas primeiras fotos (selfies?) com a Terra. A espaçonave foi lançada na quarta-feira (26) pelo foguete Falcon 9, da SpaceX.

Nas fotos, divulgadas pela Intuitive Machines, dona do módulo espacial, vemos a Terra ao fundo, além de parte do Falcon 9. Pelas imagens, tiradas pouco após o lançamento da missão IM-2, tudo está correndo como esperado, com o módulo estando em excelente estado.

Athena tirou “selfies” com nosso planeta enquanto ruma à Lua (Imagem: Reprodução/X/Intuitive Machines)

“O Athena estabeleceu atitude estável, carregamento solar e contato via comunicação de rádio com o Centro de Operações de Missão da empresa em Houston após o lançamento”, explicou a Intuitive Machines, em publicação no X.

O Athena vai, em breve, acionar seus motores para auxiliar na trajetória antes de entrar na órbita da Lua. Espera-se que isso ocorra nesta segunda-feira (3). Quanto ao pouso em nosso satélite natural, a Intuitive Machines acredita que isso pode ocorrer na quinta-feira (6).

Lançamento do Athena e o que o módulo quer fazer

  • Na quarta-feira (26), além da missão IM-2, estavam, a bordo do Falcon 9, o módulo Lunar Trailblazer, da NASA, e o Odin, o primeiro minerador de asteroides;
  • A IM-2, por meio do Athena, tem dois objetivos: implantar internet 4G na Lua e buscar água por lá;
  • O módulo da Intuitive Machines conta com equipamentos da NASA que serão utilizados na busca por água, além de um dispositivo que vai disponibilizar a internet na Lua por meio de parceria da agência espacial estadunidense e a Nokia;
  • A implantação de internet 4G na Lua é pensado para o futuro, para auxiliar os astronautas que participarão da missão Artemis e para controlar equipamentos lunares.

Por trás desse avanço da iniciativa privada na exploração espacial, estão muitos investimentos públicos. No total, segundo a CBS News, a agência espacial estadunidense gastou US$ 207 milhões (R$ 1,21 bilhão, na conversão direta) nessa missão. A maior parte foi destinada às empresas parceiras.

A ideia é financiar serviços comerciais para permitir o crescimento da indústria e apoiar a exploração lunar de longo prazo, fortalecendo a posição dos Estados Unidos na nova corrida espacial.

Módulo Athena no solo; ao fundo, bandeira dos Estados Unidos
Módulo de pouso Athena, da Intuitive Machines (Imagem: Intuitive Machines)

E os demais “colegas” de Falcon 9? O que farão?

Lunar Trailblazer

Além do Athena, a nave espacial Lunar Trailblazer também está indo rumo à órbita lunar. A Intuitive Machines ainda desenvolveu um pequeno robô, batizado de Grace. Ele permitirá captar imagens de alta resolução e fará levantamento científico da superfície da Lua.

O Grace foi projetado para contornar obstáculos, como inclinações íngremes, pedras e crateras, enquanto se move rapidamente, o que é uma capacidade valiosa para dar suporte a futuras missões na Lua e em Marte.

Nada mais é do que um drone propulsivo feito para saltar pela superfície lunar. O Grace tomará grandes impulsos pela Lua, atingindo alturas progressivamente maiores até alcançar 100 metros no terceiro salto.

Contudo, na semana passada, a Lunar Trailblazer enfrentou problemas técnicos, com falhas intermitentes no sistema de energia da espaçonave, com a comunicação da Trailblazer sendo perdida por completo na quinta-feira (27).

Horas depois, o sinal da espaçonave foi restabelecido, mas, na sexta-feira (28), ainda havia dificuldades para receber e enviar informações.

Essa espaçonave faz parte do programa Pequenas Missões Inovadoras de Exploração Planetária (SIMPLEX, na sigla em inglês), iniciativa da NASA para lançar pequenas espaçonaves científicas de baixo custo como carga secundária de voos compartilhados. Neste caso, a missão principal era o Athena.

O Athena pousará na Lua para analisar um local específico, enquanto o Trailblazer ficará em órbita coletando dados globais sobre a presença de água. O objetivo é entender onde e em que forma essa água está armazenada, conhecimento essencial para futuras missões tripuladas.

O Lunar Trailblazer levará cerca de quatro meses para alcançar a órbita lunar e dar início à sua missão de pelo menos dois anos.

Em poucas palavras:

  • A existência de água na Lua foi confirmada em 2009, mas sua forma exata ainda não é totalmente compreendida;
  • A espaçonave leva consigo um sensor mais avançado, desenvolvido pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da NASA. Ele será capaz de diferenciar gelo, água adsorvida e hidroxila, permitindo estudo mais detalhado da composição da superfície lunar;
  • Ao longo de dois anos, a missão também analisará crateras sombreadas e medirá a temperatura da superfície para entender o comportamento da água.
Sonda Lunar Trailblazer antes de ser encapsulada para ser lançada à Lua (Imagem: Lockheed Martin)

Odin, o primeiro minerador de asteroides do mundo

O último “caroneiro” é o Odin, primeiro minerador de asteroides da história. Ele pertence à empresa privada AstroForge. Com 120 kg, o dispositivo foi projetado para captar imagens do asteroide 2022 OB5.

O plano é usar esses dados para futura missão chamada Vestri, que pretende, futuramente, pousar no asteroide e explorar seu potencial para mineração. Mas, assim como a Trailblazer, o Odin também perdeu contato com a Terra horas após decolar.

A AstroForge está se preparando para a missão desde 2010. Desde a “era da promessa” da mineração espacial, muitas empresas fecharam sem nem chegarem perto de um asteroide (mineração é um ramo caro e missões espaciais mais ainda). Mas a AstroForge parece ter superado os primeiros desafios.

Esse foi o segundo lançamento da empresa. O primeiro, em abril de 2023, chamado Brokkr-1alcançou, com sucesso, a órbita da Terra, mas não foi possível ativar com sucesso o protótipo da tecnologia de refinaria a bordo para demonstrar que ela funciona em microgravidade.

Apesar desse contratempo, a AstroForge afirmou que o teste foi positivo e rendeu “a experiência de uma campanha de voo, desde o projeto conceitual até as operações em órbita e todas as etapas intermediárias para construir, qualificar e certificar um veículo para o Espaço”.


Via Olhar Digital

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