O Tribunal Constitucional da Romênia rejeitou, nesta quinta-feira, 22, o recurso que o candidato da direita George Simion apresentou em decorrência principalmente de suspeitas de fraude eleitoral. As eleições presidenciais ocorreram no último domingo, 18. Simion pedia a anulação do pleito, alegando supostas “interferências externas”.
O candidato teve menos votos que o seu adversário, o prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, defensor da União Europeia. A eleição ocorreu cinco meses depois de o próprio tribunal anular o pleito anterior, de dezembro de 2024, por denúncias de interferência russa.
Falta de fundamentos, diz Justiça da Romênia
Depois da deliberação, o Tribunal Constitucional informou que rejeitou por unanimidade o pedido de anulação das eleições. Assim, a corte classificou o recurso como “infundado”. Logo que soube da decisão, Simion foi às redes sociais para criticar o tribunal, acusando-o de perpetuar “um golpe de Estado”. “A única opção que nos resta é lutar. Convido todos a se unirem a mim hoje e nas próximas semanas”.
George Simion, que se declara admirador do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, venceu o primeiro turno das eleições em 4 de maio com diferença superior de 20 pontos percentuais. No entanto, diz a Justiça, perdeu o segundo turno, com 46,4% dos votos, contra 53,6% de Nicusor Dan. As eleições são estratégicas para o futuro da Romênia, membro da União Europeia e da Otan, e que faz fronteira com a Ucrânia. Dan defende a continuidade do apoio militar romeno a Kiev na guerra contra a Rússia.
Apesar de ter parabenizado o adversário no domingo, Simion entrou na Justiça dois dias depois, na terça-feira, 20, para tentar reverter o resultado. O conservador alegou que a contagem paralela feita por seu partido indicava uma vantagem de 400 mil votos. Na ocasião, chegou a se declarar vencedor em uma publicação na rede social Twitter/X.