Nesta segunda-feira (21), o papa Francisco faleceu aos 88 anos, provocando uma onda de comoção ao redor do mundo. Primeiro pontífice latino-americano e também o primeiro jesuíta a liderar a Igreja Católica, Francisco marcou seu papado por uma postura progressista, um discurso firme em defesa dos mais pobres e vulneráveis, e por implementar reformas importantes na estrutura e na administração do Vaticano. Seu legado é lembrado como um dos mais significativos da história recente da Igreja.
Tem início agora o período conhecido como Sede Vacante — expressão em latim (Sedes Vacans) que significa “sede vazia”. Esse termo designa o intervalo em que a Cátedra de São Pedro permanece sem um Papa, ou seja, quando o cargo de Sumo Pontífice da Igreja Católica está oficialmente vago.
Após as cerimônias fúnebres — que devem ocorrer entre quatro e seis dias após o falecimento, seguindo o protocolo oficial — os 120 cardeais eleitores começarão a chegar a Roma. Em seguida, terá início o Conclave, o processo secreto de eleição do novo pontífice, realizado na Capela Sistina. Não há prazo definido para o fim desse processo, o que atrai uma crescente multidão de fiéis e curiosos à Praça de São Pedro, na expectativa de testemunhar a primeira bênção do novo Papa.
Com sua morte, o Vaticano entra oficialmente em um período de luto. Caso você esteja com viagem marcada para Roma e planeje visitar a Cidade do Vaticano, é importante estar atento: as próximas semanas deverão ser marcadas por um movimento intenso de fiéis vindos de todas as partes do mundo.
O que saber antes de viajar a Roma após a morte do papa Francisco:
1- Restrições na Praça e Basílica de São Pedro
Durante o luto oficial, o acesso à Basílica de São Pedro será restrito. O corpo do Papa será colocado em câmara, e a visitação será limitada àqueles que participam das cerimônias oficiais.
A Praça de São Pedro também enfrentará restrições de acesso, controle de segurança intensificado e lotação acima do normal. Especialmente nos dias do funeral e durante o Novendiale — os nove dias de luto solene.
2- Museus do Vaticano
A maioria dos Museus Vaticanos segue funcionando normalmente, exceto a Capela Sistina, que será temporariamente fechada para abrigar o Conclave. Ainda assim, os visitantes poderão explorar outros espaços, como: Museu Pio-Clementino, Pinacoteca Vaticana e as Salas de Rafael.
3- Impacto nas celebrações do Jubileu 2025
O ano de 2025 marca a celebração do Jubileu — evento católico que ocorre a cada 25 anos e convida fiéis de todo o mundo a realizarem peregrinações, especialmente a Roma, para atravessar a Porta Santa das quatro basílicas maiores. Um dos destaques seria o Jubileu dos Adolescentes, marcado para acontecer entre os dias 25 e 27 de abril, na Praça de São Pedro. No dia 27, estava prevista uma missa celebrada pelo próprio Papa Francisco, que incluiria a canonização do Beato Carlo Acutis — possível primeiro santo da geração digital. Com a morte do pontífice, o cronograma do Jubileu sofrerá alterações significativas, mas ainda não foram anunciadas oficialmente.
4- Mudanças no transporte público
Linhas de ônibus e metrô podem ser desviadas ou operar com restrições, especialmente nos arredores da Praça de São Pedro e do Castelo de Santo Ângelo. Provavelmente, ruas poderão estar fechadas para veículos durante os funerais e celebrações. Esteja preparado para caminhadas e eventuais desvios de rota.
5- Eventos culturais podem ser alterados ou cancelados
A atmosfera de luto está por toda a cidade. Roma assume um tom mais sóbrio, com homenagens públicas, bandeiras a meio mastro e celebrações religiosas por toda parte, sendo assim, concertos, exposições e outros eventos em Roma podem ser suspensos ou adiados por respeito ao luto oficial.
6. Alta demanda por voos e hospedagens
O aumento repentino de peregrinos e jornalistas levou a uma disparada nos preços de passagens aéreas e hotéis em Roma. Voos diretos já estão com tarifas acima da média, especialmente entre os dias 25 de abril e início de maio. A cidade estará com lotação máxima! Paciência, planejamento e reservas antecipadas em restaurantes será fundamental.
“Conclave”: o que é real no filme que mostra eleição do papa?
