Início Geral Rio de Janeiro lidera campanha de combate ao antissemitismo

Rio de Janeiro lidera campanha de combate ao antissemitismo

0

A definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) já teve a adesão de 11 Estados brasileiros. A Câmara dos Deputados, agora, analisa um projeto para transformar a definição em lei federal.

A cidade do Rio de Janeiro, a primeira a adotar os critérios da IHRA, tem liderado uma campanha para que o projeto seja aprovado.

O projeto de lei (PL 472-25) é de autoria de um deputado federal da cidade, o General Pazuello (PL-RJ). Nele, entre outros pontos, está vedada a negação, o relativismo ou revisionismo histórico do Holocausto.

Ao se referir à luta da comunidade judaica do Rio de Janeiro, Bruno Feigelson, presidente da Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj), ressalta que se trata de um “núcleo forte, com compromisso bem delineado e exercido com os valores e a cultura judaica.”

Depois dos ataques de 7 de outubro, as iniciativas ganharam mais visibilidade. Ao lembrar que a Fierj atua em sintonia com a Confederação Israelita do Brasil (Conib), Feigelson enaltece as iniciativas pioneiras ocorridas no Rio de Janeiro para o combate ao antissemitismo.

“Não é de hoje ou de um ato isolado”, ressalta ele a Oeste. “No país, temos a representação da Conib, que lidera as ações para todos em plano nacional e muito respeitamos. Agora, o pioneirismo sobre a adoção da definição de antissemitismo da IHRA é da cidade do Rio de Janeiro.”

Ao se referir ao apoio de autoridades como o governador Cláudio Castro (PL-RJ), o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) e o vereador Flávio Valle (PSD-RJ), antes subprefeito da Zona Sul, ele completou.

“Nosso ativismo é fundamental”, disse Feligelson. “Diz respeito ao combate ao racismo e ao discurso de ódio. Nós somamos. E entendemos que a cidade do Rio de Janeiro deu um passo inicial que foi fundamental.”

Combate ao antissemitismo no Rio de Janeiro

Pela definição da IHRA, o antissemitismo é uma determinada percepção que se expressa como ódio em relação aos judeus. Engloba, inclusive, a negação do direito de existência de Israel e de instituições judaicas.

“O racismo é perverso”, ressalta Feigelson. “O discurso de ódio distorce realidades e traz vulnerabilidade à nossa comunidade, mas também escala e atinge mais pessoas. Temos buscado proteger valores que digam não ao racismo, ao antissemitismo, e, inclusive, ao antissionismo, ou seja, ao direto de Israel de se defender do terrorismo e de existir como Estado.”

Feigelson afirma que o momento tem exigido um esforço muito grande de toda a comunidade.

“O trabalho de conscientização tem sido intenso”, observa ele. “Desde os ataques terroristas do Hamas, em 7 de outubro de 2023, fizemos duas marchas históricas contra o terror em Copacabana. Passamos a monitorar as denúncias de antissemitismo com mais detalhamento e temos mais recentemente estudos que vêm sendo feitos e divulgados pela Conib em nível nacional.”



Via Revista Oeste

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile