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Ricardo Nunes detalha combate à cracolândia no Arena Oeste

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), apresentou um panorama de sua gestão em temas centrais como cracolândia, segurança pública, cultura, educação e transporte em entrevista à estreia do programa Arena Oeste, nova atração da grade de Oeste no YouTube.

A entrevista desta quinta-feira, 15, abordou o esvaziamento recente da cracolândia. Nunes atribuiu a mudança a ações conjuntas de saúde, assistência social e repressão ao tráfico. “A gente está colhendo os frutos de um trabalho muito sério, desenvolvido pelo governo do Estado, prefeitura, já de muito tempo”, disse.

Como exemplo, o prefeito mencionou a prisão do traficante conhecido como Léo do Moinho e apresentou dados comparativos. “6 de maio de 2023, 651 pessoas estavam naquela cena aberta de uso; no dia 6 de maio de 2025, 103.”

Confrontado sobre denúncias de abordagens policiais violentas, Nunes negou a ocorrência e criticou o que classificou como confusão entre “pessoas em situação de rua” e usuários. “Não teve nada de dispersão […] A gente tem acompanhamento diário das dez equipes.”

Perguntado sobre a autonomia dos usuários depois do tratamento, o prefeito mencionou políticas como casas de transição e o Programa Operação Trabalho (POT). “Tenho 20 mil vagas no POT […] do programa Redenção, temos mil vagas, que estão preenchidas.”

Talvez usuários da cracolândia vão precisar de acompanhamento ‘para o resto da vida’

Segundo ele, o objetivo é que “eles possam se desintoxicar, se livrar e se inserir no mercado de trabalho”, mas confessa acreditar que alguns deles precisarão de acompanhamento “para o resto da vida”.

O sistema de videomonitoramento facial Smart Sampa foi exaltado pelo prefeito, que citou a prisão de mais de mil foragidos e resolução de crimes como o assassinato do ciclista Vitor Medrado e da professora morta em Paraisópolis.

“Em seis meses, conseguimos colocar mais de mil pessoas foragidas da Justiça presas”, comemorou. Perguntado sobre riscos às liberdades, foi taxativo: “Enquanto estiver sobre uma gestão séria e estiver respeitando a LGPD, com certeza não [há motivo para temer].”

Nunes criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) em temas municipais, como a discussão sobre um muro na cracolândia. “Não é razoável, não é de bom senso um tipo de coisa dessa”, disse. “Pararam tudo por causa de uma ação do Psol e do MTST.”

Também denunciou a atuação política de grupos ligados à esquerda: “Você tem uma entidade que chama Craco Resiste […] querendo puxar a cidade pra trás”, acusou, ao citar o padre Júlio Lancelotti: “Ele tem um trabalho social […] Mas agora ele pôs a bandeira mesmo do Psol […] Está misturando as coisas.”

A posição de Nunes no cenário eleitoral

O prefeito afirmou que não é candidato ao governo estadual em 2026 e que seu compromisso é com a reeleição de Tarcísio de Freitas. “Nunca me coloquei como candidato […] A minha candidatura é ser o maior cabo eleitoral do Tarcísio”, prometeu, ao afirmar que espera que Jair Bolsonaro reverta a inelegibilidade e seja candidato à Presidência.

Nunes declarou que defenderá uma aliança conservadora para o MDB, ainda que reconheça divergências internas. “Vai ter gente do MDB que vai defender aproximação com o Lula, é legítimo, mas vou defender candidatura conservadora”, garantiu.

O prefeito ainda afirmou que o partido em São Paulo não anseia por cargos na chapa do atual governador. “Vamos apoiar o Tarcísio incondicionalmente, sem pleitear absolutamente nada”, disse. Atualmente, o MDB não tem nenhuma secretaria no Governo do Estado.

Via Revista Oeste

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