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Produtores do RS protestam por renegociação de dívidas

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Produtores rurais do Rio Grande do Sul ficaram insatisfeitos com a resolução publicada nesta quinta-feira, 29, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que autoriza instituições financeiras a fazerem uma renegociação das dívidas do crédito rural para agricultores afetados por secas e enchentes nas últimas safras. 

Como forma de protesto, foram mantidos os bloqueios e manifestações em diversas rodovias do Estado nesta sexta-feira, 30. A apuração é do portal Canal Rural. 

Segundo um relatório da Polícia Rodoviária Federal (PRF), atualizado por volta das 10h30, ao menos dez trechos de rodovias federais no Rio Grande do Sul estão parcial ou totalmente bloqueados. 

Entre os pontos com bloqueio total estão a BR-158, em Cruz Alta, aBR-285, em Entre Ijuís, e a BR-293, em Hulha Negra. Já a BR-290, em trechos de Vila Nova do Sul, São Gabriel, Rosário do Sul e Alegrete, e a BR-392, em Canguçu e São Sepé, apresentam bloqueios parciais, com liberação intermitente do tráfego.

Regras para renegociação deixam produtores insatisfeitos

A resolução do CMN inclui a possibilidade de renegociação de até 100% do saldo de operações de custeio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e de demais agricultores, com prazo de prorrogação de até 36 meses. 

Contudo, o órgão informou que essa renegociação está limitada a 8% do saldo das parcelas de custeio com equalização de encargos financeiros pelo Tesouro Nacional, conforme cada instituição financeira. 

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) considerou as medidas positivas, mas insuficientes. Segundo o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva, a resolução traz alívio aos produtores familiares, mas ainda não atende totalmente a necessidade.

“A possibilidade de prorrogar em até três anos o custeio do Pronaf e do Pronamp é importantíssima, assim como a questão dos investimentos para mais uma parcela no final do contrato”, disse em nota. “Isso dá o fôlego necessário para o agricultor e pecuarista familiar seguirem honrando seus compromissos e evitando o bloqueio do CPF. Mas a luta continua. Precisamos de soluções mais amplas e definitivas.”

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) também criticou a medida e disse que ela gerou frustração entre os produtores. “Longe de oferecer esperança, a medida escancara o descaso de um governo que ainda não compreendeu a importância do campo para o Brasil”, afirma.



Via Revista Oeste

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