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Pará improvisa hospedagem para a COP30 em meio a atrasos

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A menos de cinco meses da COP30, marcada para novembro em Belém (PA), o plano de hospedagem do governo estadual enfrenta incertezas e improvisos. O portal Poder360 divulgou as informações nesta terça-feira, 10.

Do total de 50.554 acomodações previstas, apenas 28% estão garantidas em hotéis tradicionais. O restante depende de alternativas como escolas, igrejas, Airbnbs e até motéis.

A estimativa do governador Helder Barbalho (MDB) é abrigar cerca de 50 mil visitantes. No entanto, ainda não há clareza sobre quantos leitos realmente existem hoje. Interpelado pelo Poder360, o governo do Pará não esclareceu a situação até o momento da publicação.

Entre as estratégias anunciadas estão a modernização de 17 escolas e a construção de oito hotéis. Além disso, o Estado pretende erguer uma vila modular com cerca de 400 vagas — uma espécie de estrutura temporária em contêineres, que deve ser desmontada depois do evento.

Barbalho argumenta que, na edição anterior da conferência, em Baku, no Azerbaijão, o pico de público em um único dia foi de 24 mil pessoas. Com base nesse dado, ele afirma que o número mínimo de leitos pode ser suficiente, já que o fluxo seria distribuído ao longo da semana.

Hospedagens alternativas e navios ainda fora do ar

Com a rede hoteleira insuficiente, o Estado apostou no crescimento de imóveis cadastrados em plataformas como Airbnb. Segundo o governo, esse número saltou de 700 para 5 mil unidades.

Mesmo assim, seria necessário que cada imóvel tivesse em média mais de três quartos para atingir os 17 mil leitos estimados nessa categoria.

O governo federal prometeu reforçar a estrutura com o aluguel de dois navios de cruzeiro, que juntos somariam 4.713 leitos. Apesar das promessas, as hospedagens nos navios ainda não foram liberadas para o público, o que gerou queixas do próprio governador. Ele alega abusos nos preços de hospedagem para o evento.

“Não tenho nenhuma dúvida de que existam operações e operações”, disse Helder ao portal. “E existem algumas operações que, de fato, extrapolam a razoabilidade e se deve, obviamente, ter atenção a essas que estão excedendo.”

Plataforma de reservas da COP30 permanece sem versão em português

O governo Lula reconheceu, em maio, que houve atraso na contratação da empresa responsável por intermediar as hospedagens. A tarefa foi entregue à Bnetwork, companhia com histórico em eventos internacionais como a COP28, em Dubai. A justificativa foi a experiência da empresa nesse tipo de operação.

No entanto, a plataforma segue fora do ar para o público geral. Até o momento, o site só está disponível em três idiomas — inglês, francês e espanhol. Questionada sobre a ausência de uma versão em português, a organização do evento não respondeu.

Segundo os organizadores, a abertura da plataforma depende da finalização de um inventário da capacidade de hospedagem em Belém. O levantamento está sendo feito em parceria com o setor de turismo e administrações locais, mas também não há prazo divulgado.

Via Revista Oeste

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