domingo, novembro 17, 2024
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OAB-PR investiga advogado em caso de réu que se escondeu embaixo da mesa durante audiência

A Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) investiga a conduta do advogado Robison de Almeida. A ação ocorre depois de o cliente dele, réu em um caso trabalhista, ter sido flagrado ao se esconder embaixo de uma mesa durante uma audiência remota.

O incidente aconteceu na última quinta-feira, 24, e ganhou notoriedade nas redes sociais. O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) relatou que o caso envolve uma ex-funcionária acusando a empresa do réu, que é sócio.

Durante a audiência, o réu estava na mesma sala que o advogado, o que é vedado — para que ele não ouvisse o depoimento da autora.

Advogado tenta enganar juiz durante audiência

O trecho mais compartilhado do vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o juiz Thiago Mira de Assumpção pede ao advogado para mostrar a sala por meio da câmera do celular, momento em que o réu se esconde.

Em resposta ao incidente, o magistrado decidiu suspender a audiência. A nova data é 24 de dezembro.

Robison de Almeida classificou o evento como um “incidente processual” e declarou que “não há violação de ética profissional, uma vez que não houve a solicitação prévia da retirada do reclamado da sala virtual pelo Meritíssimo Juiz que presidiu a audiência, para o depoimento da reclamante”.

“Por que que o Ricardo entrou debaixo da mesa, doutor? Poxa, vocês estão de brincadeira com o juiz aqui. Só pode ser piada mesmo. Doutor, eu vou oficiar a OAB, é uma palhaçada e uma falta de respeito”, afirmou o juiz, depois de ter pedido para o advogado mostrar toda a sala.

Pelas regras do CPC, Ricardo não poderia estar no mesmo ambiente em que o advogado, porque poderia ouvir o depoimento de outra parte, o que é vedado pelo Código de Processo Civil.

Posicionamento da OAB do Paraná

A OAB-PR ressaltou que não apoia qualquer conduta antiética ou abusiva no exercício da advocacia e assegurou que investigará o caso com rigor. O objetivo, segundo o órgão, é proteger a integridade da profissão e punir desvios éticos.

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Via Revista Oeste

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