sábado, abril 26, 2025
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Novo ministro de Lula emprega primo da mulher e é réu na justiça

O novo ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, assumiu o cargo sob a sombra de um processo por improbidade administrativa. Ex-presidente da Telebras, ele responde na justiça de Pernambuco. O motivo é a contratação, sem concurso, do primo de sua mulher como chefe de gabinete. Salário mensal de R$ 30 mil.

Além disso, Siqueira é sócio de uma empresa sob suspeita de fraude em licitação com a Prefeitura de Paulista (PE). O contrato, no valor de R$ 12 mil, previa serviços de engenharia e motivou uma ação judicial movida desde 2020.

Ministro é indicação do União Brasil

A nomeação de Siqueira Filho encerra o vácuo que surgiu no Ministério das Comunicações depois da saída de Juscelino Filho (União-MA). Juscelino recebeu denúncia da Procuradoria-Geral da República principalmente por corrupção e fraude em licitações. Os fatos investigados referem-se sobretudo ao período anterior a sua entrada no governo.

Esta é a segunda tentativa do União Brasil de emplacar um nome no comando da pasta. Antes de Siqueira, o partido, do mesmo modo, havia indicado o deputado Pedro Lucas (União-MA). Ele recusou o convite e constrangeu o Palácio do Planalto. A escolha final teve o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Ligação com Alcolumbre e passagem pela Telebras

Siqueira Filho tem formação em engenharia. Sua carreira soma mais de duas décadas na operadora Oi, onde ocupou cargos estratégicos, como a diretoria de vendas corporativas. Em 2023, deixou a empresa para assumir assim a presidência da Telebras, na qual permaneceu até abril de 2025.

Durante a sua gestão, a Telebras recebeu internamente o apelido de “República do Amapá”. O termo refere-se à influência de Alcolumbre, que teria indicados em cargos estratégicos na estatal. O presidente do Senado teria usado a empresa para fortalecer aliados políticos em Brasília.

Pedalada fiscal levanta suspeitas

A gestão de Siqueira Filho também é alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU). O fato decorre de manobras fiscais envolvendo despesas da estatal. A empresa usou o dispositivo contábil Despesas de Exercícios Anteriores (DEA). Assim, conseguiu transferir gastos de 2023 para o orçamento de 2024, originando uma pedalada fiscal milionária.

Via Revista Oeste

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