O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por 180 dias o inquérito que investiga autores intelectuais e instigadores dos ataques de 8 de janeiro.
Moraes atendeu pedido da Polícia Federal (PF), que solicitou mais prazo para concluir “diligências em andamento”.
Um dos alvos deste inquérito é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi incluído por Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), depois de publicar um vídeo em seu perfil no Facebook com desinformações e contestação ao resultado das eleições de 2022.
Essa investigação também identificou as pessoas que estavam acampadas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no contexto dos atos de 8 de janeiro.
Parte do grupo, formado pelos que são considerados “instigados”, foi denunciado por crimes menos graves, como incitação ao crime e associação criminosa.
O STF tornou réus cerca de 1.100 pessoas. Nesses casos, Moraes autorizou a suspensão dos processos para que a PGR avaliasse a possibilidade de celebrar acordos.
O Supremo já validou 38 acordos. O acerto impede a condenação dos acusados, desde que eles confessem os crimes e cumpram regras como participar de curso sobre democracia, pagar multa e prestar serviços à comunidade.
Compartilhe: