Miguel Uribe Turbay, senador e pré-candidato à Presidência da Colômbia, sofreu um atentado enquanto discursava em Fontibón, um bairro residencial da capital, Bogotá. Segundo informações preliminares, um dos disparos teria atingido uma perna de Uribe na altura do joelho, e outro disparo, a cabeça do senador.
O atentado ocorreu no fim da tarde de sábado 7. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram o momento em que um jovem dispara várias vezes contra Uribe. Segundo as autoridades, o atirador é um adolescente de 15 anos. A polícia apreendeu o menor no local, depois dos disparos.
Depois do atentado, Uribe foi socorrido para a Fundación Santa Fe de Bogotá. Segundo comunicado emitido pelo hospital, o estado de saúde do senador é grave. Pessoas próximas de Uribe disseram à imprensa colombiana que ele “luta pela vida”.
Político de direita, Uribe é filiado ao Partido Centro Democrático. O senador tem se destacado como um dos principais críticos do governo do presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
Governo da Colômbia rechaçou o atentado contra Uribe
Ainda no sábado, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, concedeu uma entrevista coletiva para tratar do assunto. Petro rechaçou o atentado e disse que “a primeira responsabilidade do presidente é cuidar da vida da sua própria oposição”.
Em outro trecho da coletiva, Petro confirmou a apreensão do adolescente e disse que o governo irá “cuidar” do acusado por ele ser menor de idade.
O presidente colombiano também citou o trecho de um dos vídeos que circulam nas redes sociais em que se ouve o adolescente dizendo que entregará “os nomes”.
“Todas as hipóteses estão abertas, a investigação começa com os primeiros indícios, vídeos, testemunhas e o menor capturado, de quem é possível ouvir sua voz em um dos vídeos dizendo que vai dar os nomes”, afirmou Petro. “Portanto, a primeira responsabilidade do Estado é cuidar da vida do menor porque ele é uma criança e por mais que nos pareça terrível, a Colômbia cuida das crianças.”
O ministro da Defesa da Colômbia, Pedro Sánchez, também condenou o atentado e ofereceu uma recompensa em dinheiro para quem der informações sobre os responsáveis pelo crime.
