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Merz sofre derrota inédita e não é eleito chanceler

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O Bundestag, parlamento federal da Alemanha, rejeitou nesta terça-feira, 6, a eleição de Friedrich Merz como novo chanceler do país. Líder conservador da CDU/CSU, partido da ex-chanceler Angela Merkel, Merz somou 310 votos — seis a menos do necessário para alcançar a maioria absoluta.

Essa é a primeira vez na história alemã do depois da Segunda Guerra Mundial que um candidato a chanceler federal não consegue o número mínimo de votos no primeiro turno da votação no Bundestag. Vista apenas como uma formalidade, a eleição é realizada apenas depois de o candidato formar uma coalizão com outros partidos que lhe garantam a maioria absoluta.

A presidente da Câmara, Julia Kloeckner, anunciou a suspensão da sessão para consultas internas. Segundo ela, os grupos parlamentares devem decidir os próximos passos antes de uma nova tentativa de votação.

Com 69 anos, Merz liderou a coligação conservadora à vitória nas eleições federais de fevereiro, com 28,5% dos votos. Para formar um governo, firmou nesta segunda-feira, 5, um acordo com os sociais-democratas do SPD, que obtiveram apenas 16,4%.

Mesmo com a nova aliança, a coalizão não garantiu os 316 votos necessários para elegê-lo. O resultado gerou surpresa entre os aliados de Merz e revelou divisões internas no parlamento.

Segundo o jornal Frankfurter Allgemeine, o Bundestag não deve tentar uma nova votação ainda hoje. A Câmara tem agora 14 dias para aprovar Merz ou outro nome com maioria absoluta.

Caso isso não ocorra, abre-se caminho para uma eleição indireta conduzida por Frank-Walter Steinmeier, Presidente da República.

Merz enfrenta críticas internas depois de derrota no Parlamento da Alemanha

A posição de Friedrich Merz na liderança da CDU se enfraqueceu ainda mais depois da derrota no Bundestag.

Merz enfrenta críticas internas por afrouxar as regras fiscais da Alemanha, medida que buscava viabilizar o plano de rearmamento e modernização do país.

Como resultado, a reação ao fracasso veio de imediato. O jornal Bild ironizou a votação e afirmou que Merz “não foi aceito”, comparando o conservador a um aluno reprovado. A pressão política também cresceu por parte da oposição.

Alice Weidel, uma das líderes da Alternativa para a Alemanha, aproveitou o revés para exigir novas eleições. Ela afirma que a legenda está pronta para governar. Em discurso no parlamento, Weidel pediu a renúncia de Merz e argumentou que o país precisa de renovação.



Via Revista Oeste

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