Cerca de 200 militantes de uma entidade judaica que se diz favorável à Palestina promoveram, nesta quinta-feira, 13, um protesto dentro da Trump Tower, residência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Nova York.
Os manifestantes invadiram o saguão do edifício e se posicionaram próximos à escada rolante dourada, por onde Trump desceu de maneira solene ao anunciar sua candidatura à Presidência em 2015.
Vestidos com camisetas vermelhas, em referência ao movimento Make America Great Again, os militantes exibiram faixas e cantaram contra o republicano. “Lutem contra os nazistas, não contra os estudantes”, gritaram.
De acordo com a polícia, pelo menos 98 pessoas foram presas por invasão de propriedade privada. No fim do dia, a Trump Tower voltou a funcionar normalmente.
Os militantes, convocados pelo grupo Jewish Voice for Peace, protestaram contra a prisão de Mahmoud Khalil, uma figura importante nos protestos pró-Palestina. “Liberdade para Mahmoud, liberdade para a Palestina”, dizia uma das faixas.
Cerca de 200 militantes de uma entidade favorável à Palestina promoveram, nesta quinta-feira, 13, um protesto dentro da Trump Tower, residência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Nova York. pic.twitter.com/H57mOWbgBi
— Revista Oeste (@revistaoeste) March 14, 2025
O jovem atuava como porta-voz de um movimento estudantil da Universidade Columbia contra a guerra em Gaza.
Trump subiu o tom contra universidades
Nos últimos dias, o presidente Trump intensificou críticas às universidades e prometeu sanções orçamentárias contra instituições que não combatam o antissemitismo.
O governo do magnata já suspendeu US$ 400 milhões (R$ 2,30 bilhões) em subsídios e contratos com a Columbia.
Nesta quinta-feira, a universidade anunciou que já aplicou punições, inclusive “suspensões de vários anos, revogações temporárias de diplomas e expulsões” contra estudantes pró-palestinos envolvidos na ocupação do campus em 2024.
Trump também ameaça deportar estrangeiros que participem dessas manifestações. Nesse sentido, afirmou que o caso de Khalil será apenas o primeiro de “muitos outros”.