O Canadá recebe, a partir deste domingo, 15, a cúpula do G7, grupo formado pelas maiores economias industriais do planeta. A reunião ocorrerá em Kananaskis, na província de Alberta, e terá como foco principal a segurança energética e as oportunidades para inovação nas cadeias produtivas.
O encontro acontece em um momento de tensão no cenário internacional, marcado pelos confrontos entre Israel e Irã. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai representar o Brasil como convidado.
Ele participará ao lado de outras nações que não integram o grupo, como África do Sul, Índia, México, Coreia do Sul, Austrália e Emirados Árabes Unidos. O petista deve chegar ao Canadá apenas na tarde desta segunda-feira, 16.
Lula tem participação prevista para terça-feira 17, último dia da cúpula. Na ocasião, fará um breve discurso em sessão que deve contar com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de outros chefes de Estado.
O petista deve destacar a matriz energética nacional, mais limpa que a de muitos países desenvolvidos. Ele também pretende reforçar o convite para a COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém (PA).
Lula ficará hospedado em Calgary, a cerca de 100 quilômetros do local do evento. Logo depois de desembarcar, participará de uma recepção e de um jantar oferecido pela governadora-geral do Canadá aos líderes presentes.
À margem do encontro, Lula terá reuniões bilaterais, entre elas uma conversa com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney. Ambos já haviam dialogado por telefone na última quarta-feira, 12, quando o brasileiro confirmou presença na cúpula.
Por ora, não há previsão de reunião entre Lula e Trump durante o encontro. Assessores do presidente aconselharam que ele evite críticas diretas ao norte-americano em seu discurso, embora seja esperado algum recado indireto.
Esta será a terceira participação seguida de Lula no G7 como convidado. Em 2024, ele esteve na cúpula realizada em L’Aquila, na Itália. No ano anterior, compareceu ao encontro em Hiroshima, no Japão.
