O Grupo Parlamentar Brasil-Israel divulgou, nesta segunda-feira, 2, uma nota com críticas diretas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em resposta às recentes declarações do petista, que acusou Israel de promover genocídio na Faixa de Gaza, os parlamentares decidiram se posicionar.
De acordo com o documento, assinado pelo senador Carlos Viana, (Podemos-MG), presidente do colegiado, as acusações feitas por Lula são infundadas e carecem de respaldo factual. Além disso, o grupo classificou como inadmissível a omissão do presidente brasileiro sobre os ataques terroristas do Hamas emoutubro de 2023.
“É inadmissível que tais declarações desconsiderem o contexto dos bárbaros ataques
terroristas perpetrados pelo grupo Hamas, em 7 de outubro de 2023″, diz a nota. “Igualmente grave é a omissão, por parte do chefe de Estado brasileiro, da
dramática situação das centenas de pessoas sequestradas.”
Acusações “infundadas” e “desconexas”
Inicialmente, o grupo destacou que Lula imputou a Israel a prática de genocídio e o extermínio deliberado de mulheres e crianças. Entretanto, segundo os parlamentares, essa afirmação ignora a complexidade do conflito e desconsidera fatos importantes.
Críticas à postura de Lula
Além disso, o grupo pontuou que o presidente negligenciou a situação dramática dos reféns israelenses. De fato, centenas permanecem sequestrados, muitos em locais destinados a prestar ajuda humanitária, o que agrava ainda mais o cenário.
Os parlamentares ressaltaram que o Hamas usa civis palestinos como escudos humanos e impede que a população busque abrigo seguro. Dessa forma, o grupo acusou o Hamas de agravar, de forma criminosa e premeditada, a crise humanitária na região.
“Cumpre enfatizar que o Hamas, organização terrorista internacionalmente reconhecida,
vem reiteradamente utilizando civis palestinos, inclusive crianças, como escudos
humanos”, afirma o texto. “Além de impedir a população de buscar abrigo seguro, agravando, de forma criminosa e premeditada, a crise humanitária na região.”
Por fim, o Grupo Parlamentar Brasil-Israel pediu que o presidente da República adote uma postura “responsável, equilibrada e condizente com a tradição diplomática brasileira”. Dessa maneira, o texto pede respeito aos direitos humanos e reconhece o direito de Israel à legítima defesa.