Início Destaque ‘Lula deturpa a realidade para atacar e vilificar Israel’, diz Conib

‘Lula deturpa a realidade para atacar e vilificar Israel’, diz Conib

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A Confederação Israelita do Brasil (Conib) reagiu às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou a acusar Israel de praticar genocídio na Faixa de Gaza durante discurso na Convenção Nacional do PSB. 

Em nota oficial publicada neste domingo, 1º, a confederação afirmou que o presidente Lula “mais uma vez se dedica a deturpar a realidade para atacar e vilificar o Estado judeu”.

Segundo a Conib, Lula parece “querer criar problemas” com a comunidade judaica brasileira por meio de falas que classificou como “antissemitas e irresponsáveis”. 

A organização lembrou o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de mais de mil civis israelenses: “Israel não pratica genocídio em Gaza, e quem promove este libelo antissemita o faz buscando ganhos oportunistas ou ignorando os fatos”. 

“O que Israel efetivamente faz é se defender de uma organização terrorista que se esconde atrás de civis palestinos, o que fica comprovado diariamente”, destacou a confederação.

A nota conclui com um alerta sobre os riscos do discurso presidencial: “O Brasil é um país onde a comunidade judaica vive em paz e segurança, mas o presidente da República, com suas falas antissemitas e irresponsáveis, parece querer criar problemas para a nossa comunidade ao promover o antissemitismo entre seus apoiadores, numa atitude irresponsável e destrutiva”.

Lula volta a acusar Israel de “genocídio”

Durante evento do PSB que elegeu o prefeito de Recife, João Campos, como novo presidente do partido, Lula criticou o governo israelense e a recente decisão de autorizar 22 novos assentamentos na Cisjordânia. 

O petista afirmou que a ofensiva israelense em Gaza representa mais do que um conflito armado. “O que estamos vendo é um exército altamente militarizado matando mulheres e crianças”, disse. “Isso não é uma guerra, é um genocídio.”

Lula ainda classificou a ação militar como “vingança de um governo contra a possibilidade de criação do Estado palestino” e sugeriu que o objetivo real de Israel seria assumir o controle total do território de Gaza: “Por detrás do massacre em busca do Hamas, o que existe na verdade é a ideia de assumir a responsabilidade e ser dono do território de Gaza”, disse.

Mais cedo, o Itamaraty também se posicionou de forma crítica ao governo israelense, condenando “nos mais fortes termos” os assentamentos aprovados na Cisjordânia. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores classificou a medida como uma “flagrante ilegalidade perante o direito internacional”, em referência ao parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de julho de 2024, que considera a presença de Israel nos territórios palestinos como ilegal.

A escalada no tom adotado por Lula e pelo Itamaraty tem gerado desconforto entre aliados históricos do Brasil, como Estados Unidos e países europeus, além de provocar forte reação de entidades da comunidade judaica nacional, que veem na postura do governo um afastamento perigoso dos valores democráticos e do equilíbrio diplomático tradicionalmente adotado pelo país.

Via Revista Oeste

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