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‘Lobby do STF é obstáculo para anistia’

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O vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Maurício Marcon (Podemos-RS), afirmou com exclusividade a Oeste que integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) estão pressionando a Câmara dos Deputados com o objetivo de barrar o avanço da proposta que prevê a anistia aos presos pelo 8 de janeiro.

“Acredito que o maior obstáculo seja, de fato, o lobby“, disse Marcon. Segundo o deputado, a pressão para que líderes não apoiem a anistia ocorre “não apenas por parte do governo, mas sobretudo do STF.”

“Chantagem”, aponta vice-líder da oposição

O parlamentar aponta para suposta chantagem dos ministros do Supremo contra o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

“Dentro desse lobby, parece haver também chantagem”, afirmou o congressista. “Notícias sobre processos envolvendo o presidente Hugo Motta têm surgido com frequência, incluindo operações da Polícia Federal contra um prefeito ligado a ele.”

O deputado também disse que o presidente da Câmara tem atitude “covarde”. Na última semana, diante da pressão do Partido Liberal (PL), Motta não se comprometeu com a proposta. “Uma postura covarde e omissa. Hugo não está bloqueando um aumento de imposto ou uma lei polêmica”, afirmou. “Ele está obstruindo a liberdade de inocentes.”

Marcon revelou que a oposição vai expor o nome de deputados que não assinarem o requerimento de urgência pela tramitação do projeto que estabelece a anistia. “Um dos maiores trunfos da oposição é expor os nomes de quem, por exemplo, assinou a urgência do projeto de lei da anistia e de quem optou por não assiná-lo.”

Para o parlamentar, a decisão de congressistas por apoiar ou não o projeto deve interferir nos resultados das urnas em 2026. “Essa estratégia deve ser colocada em prática já nesta semana, garantindo que todo brasileiro saiba como seu representante se posicionou em relação a um tema de forte apelo humanitário como este.”

Marcon avalia que a dosimetria das penas para os condenados pelo 8 de janeiro coloca a população contra os argumentos apresentados pelos ministros do STF.

“Para qualquer brasileiro com um mínimo de empatia pelo próximo, é difícil aceitar que um estuprador ou traficante seja menos perigoso que uma cabeleireira sem antecedentes, cujo crime foi escrever em uma estátua de concreto uma frase dita por um ministro.”

Via Revista Oeste

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