O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, está em uma condição mental abalada, afirmou um alto funcionário de Israel ao Canal 12, nesta segunda-feira, 16. Segundo ele, “todos que trabalharam com ele estão mortos” e Khamenei “está tendo dificuldades para lidar com os substitutos”, demonstrando o isolamento e desgaste que sofre.
O Irã tem dado dado sinais de interesse em encerrar as hostilidades e retornar às negociações nucleares. Segundo a Reuters, enquanto um ataque de Israel atingia a emissora estatal iraniana, o Irã solicitava ao presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que interviesse para estabelecer um cessar-fogo no conflito aéreo.
Os bombardeios e lançamento de mísseis já duram quatro dias. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, porém, declarou que o país seguia firme rumo à vitória.
As tropas israelenses aumentaram os bombardeios sobre várias cidades iranianas, enquanto o Irã conseguiu romper algumas defesas aéreas israelenses.
Netanyahu, em entrevista à ABC News nesta segunda-feira, disse que desconfia dessas intenções de o Irã negociar. “Eles querem continuar com essas falsas negociações, nas quais mentem, trapaceiam, e enrolam os Estados Unidos”, declarou. “E, veja bem, temos inteligência muito sólida sobre isso.”
Khamenei sob ameaça
O primeiro-ministro não descartou que Israel pode mirar diretamente o líder iraniano. Questionado sobre a possibilidade de assassinar Khamenei, ele afirmou: “Olha, estamos fazendo o que precisamos fazer.”
Ele acrescentou: “Não vou entrar nos detalhes, mas já atacamos os principais cientistas nucleares deles. É basicamente a equipe nuclear de Hitler.”
Netanyahu diz que a eliminação de Khamenei não provocaria uma escalada do conflito. “Não vai escalar o conflito, vai acabar com o conflito.”
Ele também comentou as críticas da ala isolacionista do Partido Republicano, ligada à política America First, de Trump. “Não estamos lutando apenas contra nosso inimigo”, afirmou o primeiro-ministro.
“Estamos lutando contra o inimigo de vocês. Pelo amor de Deus, eles gritam ‘morte a Israel, morte à América’. Estamos apenas no caminho deles. E isso pode chegar à América em breve.”
“É uma ameaça a Israel”, continuou o premiê. “Como eu disse, para nossos vizinhos árabes, para a Europa, para os EUA. Eles gritam ‘morte à América’. E dizem ‘isso não é problema nosso’? Isso não é miopia. É cegueira absoluta.”