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Jovens levam aprendizados do Juventude Rural Transformadora para suas comunidades – pi.gov

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O primeiro módulo de aulas presenciais do programa Juventude Rural Transformadora foi encerrado, nesta sexta-feira (21), em uma atividade onde as experiências foram compartilhadas. Desde segunda (17), os 100 jovens inscritos no programa participaram, na capital, de aulas, rodas de conversas e visitas em campo dentro do conteúdo programático do curso.

O programa é realizado através da parceria entre Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) e Instituto Federal do Piauí (IFPI). O projeto atende cerca de 100 jovens egressos de institutos federais, escolas agrícolas e escolas agrotécnicas de diversos territórios do estado.

O objetivo do programa é criar um plano de ação para que os jovens integrantes possam realizar projetos em seus respectivos territórios. Para isso, foi realizada uma série de etapas que se concentraram desde cursos de capacitação a visitas em campo para compreensão da realidade de quem trabalha na agricultura familiar.

A diretora de Organização e Mobilização Social da SAF, Márcia Mendes, explica que o plano de ação será fundamental para atuação dos jovens nas suas respectivas comunidades, onde vão exercer os conhecimentos adquiridos durante todos os módulos do programa.

“Estamos hoje tratando das questões do plano de ação, de como eles irão atuar nas comunidades, que fazem parte do Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI), Rede de Cooperativas da Agricultura Familiar do Piauí (Redecopi), Quitanda e farão acompanhamento com agentes territoriais nas regiões. Nossa expectativa é que, daqui a 60 dias, possamos ter o processo de formação, com a atuação dos jovens nas atividades agrícolas”, disse.

Para a jovem quilombola Lara Patrícia Pindaíba, da comunidade Lagoa do Moisés, do município de São Raimundo Nonato, a experiência foi gratificante e tem sua importância por poder absorver conhecimento e levar para sua comunidade.

“Está sendo uma grande oportunidade para que eu, como técnica em agropecuária e que já trabalho na área de horticultura e apicultura, possa levar mais ideias e empreendimentos para a região onde eu moro. Na minha comunidade, a gente já possui esse contato com a agricultura familiar, e acredito que posso aperfeiçoar as técnicas produtivas agrícolas”, relatou.

A jovem, que já é mãe de um bebê de 7 meses, contou que o diferencial do projeto foi conhecer pessoas acolhedoras do meio rural que trazem conhecimento de diversos meios de técnicas e produção rural. Maria Rosimare Nepomuceno, moradora de Altos, contou que, além de participar do programa Juventude Rural Transformadora, ela e seu pai criaram uma maquete em uma oficina, representando o território Entre Rios.

“Eu cresci no meio rural, minha mãe faz parte do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, e criei junto com meu pai uma maquete que simboliza a união de todos os municípios do território Entre Rios, e com isso fizemos uma maquete de uma casa entre dois rios que se encontram, o que representa o que está acontecendo agora, essa junção de várias cidades, de diversos territórios”, afirmou.

A estudante afirma, ainda, que um dos grandes destaques de participar do programa Juventude Rural foi conhecer diferentes realidades dos territórios do Piauí.

“Essa questão de formar jovens na educação do campo tem sido de suma importância, porque nos traz uma realidade diferente da que convivemos. E minha perspectiva desse projeto é que seja algo extensionista, que possa abranger mais conhecimento, e que nós, jovens, possamos também estar mais abertos para outros meios e permanecermos no meio rural, porque aqui entendemos que o jovem tem duas opções: existe a opção de sair, mas também a de permanecer no meio rural e trazer melhorias para a comunidade”, afirmou.

A secretária da Agricultura Familiar do Piauí, Rejane Tavares, enfatizou que o programa traz uma importante discussão em torno do que pode ser refletido pelo jovem do meio rural, com o aprendizado de novas técnicas de comunidades rurais e periurbanas.

“É uma possibilidade de transformação e colheita de boas experiências com tecnologias alternativas, sistemas agroflorestais, turismo rural, atividades com mulheres, para que possam refletir os caminhos que a juventude tem, os paradigmas da juventude rural que convivem com tecnologia, as transformação econômicas, a comercialização da produção, a vida virtual e principalmente, o trabalho de conscientização, de ler a realidade das comunidades onde estão inseridos para atuarem de forma consciente, com sustentabilidade considerando as questões ambientais, sociais e produtivas”, finalizou.

 

 

 

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