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Imposto sobre crédito imobiliário afetará compra da casa própria

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Representantes do setor da construção civil publicaram uma nota conjunta, nesta terça-feira, 10, em que manifestam “preocupação” com a decisão do governo de tributar as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). De acordo com as entidades, “a retirada da isenção do Imposto de Renda (IR) sobre as LCIs afetará diretamente o financiamento da casa própria”.

A tributação das LCIs faz parte do pacote de medidas proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na segunda-feira 9, como alternativa à nova tarifa do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Para ajudar na compensação, Haddad decidiu acabar com a isenção do IR sobre títulos de renda fixa a partir de 2026.

Com a decisão, os títulos serão taxados em 5%. A medida valerá para novas aplicações. Os títulos já emitidos continuarão isentos.

“Desde 2021 as taxas de financiamento já subiram 5 pontos percentuais, o que aumentou o valor das parcelas de financiamento em 50% nesse período e retirou 1,8 milhões de famílias da exigibilidade do financiamento”, diz um trecho da nota. “Essa medida chega em um momento crítico, quando o setor já enfrenta sérias restrições de funding, seja pela desaceleração da poupança, seja pelas limitações do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço].”

Assinam a nota as seguintes entidades:

  • Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias;
  • Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano;
  • Câmara Brasileira da Industria da Construção; e
  • Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis do Estado de São Paulo.

Associações dizem que aumento de imposto não ataca problema central

Na nota, as associações ainda criticam as medidas arrecadatórias do governo e afirmam que o aumento de tributos não resolve o problema central do país.

“A elevação do IOF somada à tributação das LCIs cria ainda mais obstáculos em um ambiente já desafiador para quem produz e penaliza o consumidor e o contribuinte”, diz a nota. “Até agora, nenhuma proposta do Governo Federal ataca de frente a questão central: a eficiência do gasto público.”

De acordo com as entidades, se o governo não mudar de estratégia, as medidas impostas sob alegação de busca do equilíbrio fiscal continuarão prejudicando o setor produtivo e o cidadão.

Via Revista Oeste

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