A Vai de Bet, uma casa de apostas envolvida na Operação Integration, é central na decisão da juíza Andréa da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), de prender Gusttavo Lima. O empresário paraibano José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas, é suspeito de promover apostas ilegais e lavar dinheiro.
Para a juíza, Gusttavo Lima, além de ser próximo de José, tem uma ligação societária com a Vai de Bet. No início da Operação Integration, o programa Fantástico da TV Globo revelou que a Vai de Bet havia comprado um avião da empresa Balada, de Gusttavo. Na ocasião, as contas de Gusttavo sofreram um bloqueio de R$ 20 milhões.
Duas semanas atrás, a equipe de Gusttavo Lima afirmou que ele “apenas mantém contrato de uso de imagem em prol da marca Vai de Bet”, sendo uma espécie de “garoto-propaganda”. Contudo, a juíza Andréa destacou que, em julho, Gusttavo adquiriu uma participação de 25% na empresa, contradizendo sua declaração pública.
Para a magistrada, a aquisição “acentua ainda mais a natureza questionável de interações financeiras” entre Gusttavo, a Vai de Bet e José. Ela também afirmou que “essa associação levanta sérias dúvidas sobre a integridade das transações e a legitimidade dos vínculos estabelecidos”.
Defesa de Gusttavo Lima busca estender ao cantor decisão que libertou Deolane Bezerra
Os advogados de Gusttavo Lima vão solicitar ao TJPE que a decisão que libertou a influenciadora Deolane Bezerra se estenda ao cantor. A defesa do sertanejo classifica como indevida a ordem de prisão preventiva decretada contra ele na última segunda-feira, 23.
O caso faz parte da na Operação Integration. A ação também prendeu Deolane e investiga uma suposta organização criminosa que mantém uma rede de jogos ilegais e esquema de lavagem de dinheiro.
A defesa do artista afirma que a prisão do cantor foi decretada 20 dias depois das demais e que a alegação de ajuda para fuga é frágil. Isso porque a viagem ocorreu antes de a Justiça dar as ordens de prisão dos investigados.
Representante de Gusttavo Lima, o advogado Nelson Wilians afirmou que vai pedir a revogação da prisão do artista sem quaisquer restrições ou condições.
“Ele faz shows por todo o Brasil, tem contratos a cumprir, precisa se ausentar de sua residência”, declarou Wilians.