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G20 precisa tomar decisão urgente se quiser atingir meta

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A menos de um mês da COP 29, no Azerbaijão, e da Cúpula dos Líderes, no Rio de Janeiro (RJ), um relatório independente divulgado nesta quarta-feira (23) fez alerta preocupante: o G20 terá que agir urgentemente se quiser limitar o aquecimento global a 1,5 °C a níveis pré-industriais, como decidido no Acordo de Paris.

Isso inclui decisões para limitar as emissões de carbono, mas, também, estratégias de governança global e financeira, além da equidade por parte dos países que compõem o grupo.

Países precisam de atitudes mais ambiciosas se quiserem limitar temperatura global (Imagem: Matt Gush/Shutterstock)

G20 tem tarefa urgente a fazer

O relatório independente “A Green and Just Planet” (“Um Planeta Verde e Justo”, em tradução livre) foi realizado pela Força-Tarefa para uma Mobilização Global contra a Mudança do Clima do G20, composto por 12 especialistas em desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas, economia e finanças.

O documento alertou que o crescimento verde é possível, mas que o G20 precisa agir urgentemente em prol de economia de baixo carbono. Para isso, são necessárias estratégias ambiciosas no setor industrial e novas abordagens de governança global que levem em conta a equidade financeira.

Uma das propostas do relatório é justamente que as nações com mais renda e com maior responsabilidade nas emissões de gases de efeito estufa historicamente assumam a liderança no financiamento dessas estratégias, tanto ao nível doméstico, quanto global. O documento justificou:

Os modelos dominantes de crescimento econômico e desenvolvimento colocaram o mundo em um caminho insustentável, com graves consequências humanas, planetárias e econômicas.

Trecho do relatório A Green and Just Planet

Como lembrou o UOL, os países que integram o G20 foram responsáveis por 80% das emissões globais de gases poluentes em 2022. Se quiserem atingir a meta de temperatura, precisam reduzir o número pela metade até 2030.

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Outros estudos já alertaram que, se ações urgentes não forem tomadas, temperatura global continuará a subir (Imagem: Billion Photos/Shutterstock)

O relatório recomenda que os países atuem com financiamentos proporcionais ao seu impacto. No entanto, dinheiro não basta:

  • O documento afirma ser necessário integrar investimentos, sistemas financeiros e estratégias industriais;
  • Uma das recomendações é redesenhar as ferramentas que apoiam as NDCs, metas de redução estabelecidas no Acordo de Paris por cada país signatário. A intenção é garantir colaboração alinhada entre setores público e privado, além de compartilhamento de riscos e recompensas;
  • Outra recomendação é promover ajustes nas estruturas financeiras para comportar os investimentos em crescimento verde. Por exemplo, países que não têm espaço para esses financiamentos, poderiam contar com bancos centrais que mitiguem riscos e incentivem condições para investimentos no setor, ao invés de desencorajá-los.

COP29 e encontro do G20 acontecem no próximo mês

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP 29) acontece de 11 a 22 de novembro em Baku, capital do Azerbaijão. Já a reunião da Cúpula do G20 será no Rio de Janeiro (RJ) em 18 e 19 de novembro.

O relatório indicou que, sem compromisso forte por parte dos países, o mundo continuará trajetória insustentável, com riscos graves para gerações futuras.

Via Olhar Digital

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