terça-feira, dezembro 24, 2024
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‘Funai não se solidarizou com o cacique’, diz advogado de Serere

Em entrevista à edição desta segunda-feira, 23, do Oeste Sem Filtro, Geovane Veras, advogado do cacique Serere Xavante, afirmou que o indígena não recebeu apoio de nenhuma instituição que se dedica aos cuidados dos índios.

“Nem a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) se solidarizou com o cacique, porque ele é de direita”, disse o advogado de Serere.

Autoridades argentinas detiveram Serere no domingo 22, na aduana de Puerto Iguazú, na Argentina. O indígena vinha de Foz do Iguaçu, no Paraná, quando foi abordado.

Serere estava sem documentos no momento da prisão

Na abordagem, os agentes perceberam que Serere estava sem documentos e resolveram puxar a ficha dele. Foi quando viram que o cacique teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em virtude de suposto descumprimento de medidas restritivas. Por esse motivo, o entregaram à Polícia Federal (PF), em Foz do Iguaçu.

Serere viajou ao país vizinho em julho deste ano, para buscar asilo político. Ele é investigado em inquéritos do STF. O indígena se manifestou em Brasília, em janeiro de 2023, contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Cacique Serere com sua família e advogado | Foto: Reprodução/Twitter

Depois de ficar noves meses na cadeia, Serere foi solto. O indígena passou a usar tornozeleira eletrônica. Ao sair da Papuda, mudou-se para Aragarças, em Goiás.

Cacique é o único provedor da família

Ao Oeste Sem Filtro, o advogado afirmou que o cacique precisava trabalhar. Segundo Veras, Serere é quem sustenta a família.

Em Aragarças, o indígena conseguiu um trabalho de ajudante de pedreiro. No entanto, ele teria descumprido mais de cem medidas restritivas porque tinha de trabalhar em outras cidades. Às vezes, ultrapassava os horários impostos por Moraes. Ele fugiu para a Argentina quando teve o pedido de prisão decretado.

Via Revista Oeste

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