O evento que lembra um ano dos atos de 8 de janeiro terá a presença de ao menos seis ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além da participação de Rosa Weber, que comandou a reconstrução da Corte depois dos ataques e se aposentou no final de setembro de 2023.
Marcado para a tarde de segunda-feira (8), a solenidade reunirá cerca de 500 pessoas no Congresso Nacional. Antes, o STF fará a abertura de uma exposição sobre o vandalismo na Corte com a presença dos magistrados.
Estão confirmadas as participações de Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e do presidente, Roberto Barroso.
A participação dos ministros vai interromper o recesso de metade deles, que se estende até o fim de janeiro. Gilmar e Moraes seguem trabalhando normalmente no período e Fachin é o responsável pelo plantão da Corte de 1º a 15 de janeiro.
Barroso, que ficou de plantão até 31 de dezembro, virá dos Estados Unidos para participar da solenidade. Na sequência, deve voltar para o país onde costuma passar o recesso.
As sessões do plenário do Supremo retornam em 1º de fevereiro.
O evento sobre o 8 de janeiro será uma das raras aparições públicas de Rosa Weber desde a aposentadoria. De perfil reservado, a magistrada sempre evitou dar entrevistas à imprensa ou participar de atividades que não estivessem relacionados à atuação judicial.
Em 8 de janeiro de 2023, a ministra presidia o STF. Ela visitou o edifício sede da Corte, o mais destruído, na noite dos atos. No dia seguinte, levou uma comitiva composta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), integrantes do governo, congressistas e governadores até o plenário vandalizado.
O dia 8 de janeiro é chamado por Rosa Weber de “dia da infâmia”. A ministra assumiu a responsabilidade e cumpriu a promessa de reconstruir o plenário em menos de um mês, para que ficasse pronto a tempo da sessão de abertura do ano do Judiciário, em fevereiro de 2023.
Às 14h, os ministros participam da abertura da exposição “Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia”, no STF.
De acordo com a Corte, a iniciativa é voltada à preservação da memória institucional do Supremo e mostra cenas que simbolizam tanto a resistência diante da retomada das atividades do tribunal quanto os esforços das equipes envolvidas na reconstrução e restauração do patrimônio.
A exposição será aberta ao público na terça-feira (9), das 13h às 17h, no térreo do Edifício-Sede.
Depois, os ministros vão para o Congresso participar do ato sobre o 8 de janeiro.
Pelo roteiro, há previsão de falas dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do STF, Roberto Barroso; da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Todos devem discursar por pelo menos cinco minutos ao longo do evento.
O ato ocorrerá no Salão Negro do Congresso Nacional. Na mesa de honra da cerimônia também devem estar presentes a primeira-dama Janja da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), que deve ser a primeira a discursar.
A organização do evento convidou os 27 governadores, os prefeitos de capitais, parlamentares, ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e presidentes e ministros de tribunais superiores.
Durante uma reunião em dezembro, Lula cobrou a presença dos 38 ministros de estado.
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