Se passar em medicina em uma universidade pública já é um processo difícil, imagina passar cinco. Esse foi o caso de Eduarda Malta Pacios, 19, e de Marcus Felipe Fernandes Monteiro, 20.
Eduarda passou em medicina na USP, Unesp, Unifesp, Famerp e Ufes, além da Santa Casa, que é uma faculdade privada. Em relato enviado à CNN, a jovem de São Paulo conta que sua preparação começou na segunda série do ensino médio.
“Comecei a prestar vestibulares como treineira e conquistei aprovações em cursos como medicina veterinária na Unesp e farmácia na USP. Depois, no terceiro ano, fiz os vestibulares para medicina e passei para as segundas fases da Unicamp e da Unesp, além de ter meu nome na lista da Santa Casa”, explicou.
Apesar dos bons resultados, Eduarda não conseguiu entrar em uma universidade pública logo após a escola. Mais tarde, ela entrou para a Turma Med do Curso Poliedro e foi quando conseguiu as aprovações.
A jovem destaca que o diferencial no último ano foi o aprimoramento da sua rotina de estudos. “Mantive uma rotina intensa, estudando diariamente, inclusive nos finais de semana. Assistia às aulas e resolvia os exercícios no mesmo dia. Além disso, treinava com redações semanais corrigidas pela equipe de redação, fazia todos os simulados disponíveis e criei meu próprio ‘laboratório de dissertativas’. Eu queria evoluir na escrita para as segundas fases, pois essa era minha maior dificuldade. Para isso, respondia às questões dissertativas de vestibulares anteriores das universidades que mais desejava”, conta.
Já Marcus Felipe Fernandes Monteiro, natural e Taubaté, foi aprovado em medicina na USP, Unicamp, Unesp, UFMG e Unifesp.
“A preparação para as provas foi, sem dúvida, bastante intensa. Exigiu muita dedicação de todos aqui em casa e no cursinho, além de muitas horas de estudo sobre apostilas e questões aparentemente intermináveis”, comentou Monteiro.
“Foi um processo difícil, claro, mas, com as amizades feitas no cursinho e o apoio recebido em casa, tudo se tornou mais leve e valeu muito a pena.”
Uma dica do jovem para quem está se preparando para o vestibular é “acreditar no processo”. “Confiar no processo significa confiar nos professores, que conhecem os vestibulares e seus critérios de avaliação; significa acreditar, todos os dias, que é possível aprender um pouco mais do que no dia anterior; significa ter a consciência de que, ao chegar o momento da prova, você fez o seu melhor dentro das suas limitações físicas e mentais e que o resultado, qualquer que seja, será consequência desse esforço”, concluiu.