Início Ciência e tecnologia Esse robô pode andar na lama — graças a uma inspiração inusitada

Esse robô pode andar na lama — graças a uma inspiração inusitada

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Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Tallinn (TalTech), na Estônia, criaram um tipo de pés para robôs inspirado nas patas dos alces. Detalhada na Bioinspiration & Biomimetics, a invenção busca superar os desafios de mobilidade dos robôs em terrenos naturais escorregadios, como lama ou neve.

Entenda:

  • Pesquisadores criaram um tipo de pé para robôs inspirado nos cascos de alces;
  • Em terrenos escorregadios – como lama ou neve -, a invenção pode reduzir o consumo de energia dos robôs em até 70%;
  • Isso porque, funcionando de forma semelhante a uma ventosa, os pés reduzem a força de sucção e o afundamento do robô nesses terrenos, aprimorando, assim, sua mobilidade.
Robô com “pés de alce” pode andar na lama sem afundar. (Imagem: Simon Pierre Godon)

“Terrenos lamacentos e escorregadios são alguns dos mais difíceis de atravessar para robôs e animais, incluindo humanos. Isso significa que a maioria dos robôs não consegue acessar uma ampla gama de ambientes terrestres altamente importantes […] que são abundantes na natureza“, explica Maarja Kruusmaa, líder da equipe, em comunicado.

Alce vira inspiração para a tecnologia! (Imagem: Ondrej Prosicky/Shutterstock)

‘Pés de alce’ reduziram gasto de energia de robô

A equipe realizou experimentos em laboratório com pés de alce de verdade, e observou que os cascos se expandiam e encolhiam com base no contato com a lama – quebrando, assim, a força de sucção. “O casco do alce se comporta de forma semelhante a uma ventosa”, diz Simon Godon, autor principal do estudo.

“Pés de alce” reduzem consumo de energia de robôs em 70%. (Imagem: Simon Pierre Godon)

Com base nessas observações, a equipe criou pés de silicone para replicar o mesmo comportamento dos cascos em um robô com pernas. Com a modificação, foi possível não apenas reduzir a força de sucção e o afundamento do robô pela metade, mas ainda diminuir em 70% seu consumo de energia.

De acordo com a equipe, os “pés de alce” para robôs não apresentaram nenhuma desvantagem até o momento. “Especulamos que, pelo contrário, os cascos divididos podem até ter vantagens em terrenos irregulares, dando ao robô ou ao animal alguma estabilidade extra”, conclui Kruusmaa.

Via Olhar Digital

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