segunda-feira, maio 19, 2025
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Entenda a teoria de Einstein que pode explicar voo estranhos de Ovnis

O ex-comandante do Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP) dos Estados Unidos, Luis Elizondo, afirma em seu novo livro que a teoria da relatividade do físico alemão Albert Einstein pode explicar os objetos voadores não identificados (Ovnis) e suas trajetórias estranhas no ar.

Os registros oficiais apontam que os agora chamados de fenômenos anômalos não-identificados (UAPs, na sigla em inglês) costumam desafiar as regras enfrentadas pelos nossos meios convencionais de voo, como a gravidade. E, para Elizondo, o conceito do espaço-tempo poderia tornar possível os voos de Ovnis.

Na teoria da relatividade, Einstein colocou o tempo como uma quarta dimensão, atuando de forma adicional e inseparável das outras três até então vistas como convencionais. Segundo o alemão, a passagem de tempo observada para um objeto depende diretamente de sua velocidade com relação ao observador.

“Foi apenas com Einstein que aprendemos que a gravidade é muito mais do que uma força de atração: é uma dobra no próprio espaço-tempo. Isso mesmo, o próprio tecido do espaço é inseparavelmente vinculado à questão do tempo. Se eu estivesse usando um relógio de pulso na Lua, veria o tempo passar um pouco mais rápido para mim do que se eu estivesse na Terra ou em Júpiter, porque a massa da Lua é muito menor, e, portanto, dobra o espaço-tempo um pouco menos”, diz um trecho do livro “Iminente — Os bastidores da caçada do Pentágono a Ovnis”.

O norte-americano, então, traz uma famosa teoria usada na saga “Jornada nas Estrelas”, ancorada pelas pesquisas de Harold “Hal” Puthoff, “uma figura lendária nos serviços de inteligência e nos círculos governamentais”, conforme descreve o livro. De acordo com ela, os Ovnis podem desafiar as regras da gravidade porque criam uma bolha no espaço-tempo, isto é, uma dobra espacial.

Dessa forma, o tempo e, portanto, a velocidade de locomoção dentro da bolha seriam muito inferiores à que observamos de fora dela. Isso justificaria não só o fato de os Ovnis conseguirem se mover no ar sem qualquer tipo de propulsão visível, como também mudar de direção de forma brusca e atingir velocidades suficientes para chegar ao nosso planeta, por exemplo.

“Os astrônomos costumam considerar a velocidade da luz como uma constante universal. Mas e se o espaço em que a luz viaja pudesse ser comprimido ou expandido? Sabemos que o espaço-tempo é flexível, e em alguns casos extremos, como o de um buraco negro cósmico, pode ser inimaginavelmente espremido e distorcido”, afirma outro trecho do livro.

De onde vem a energia para isso?

A teoria de Hal é de que alienígenas seriam capazes de criar essas bolhas usam um volume absurdo de energia ainda não dominado pelos humanos, que seria obtido através da fissão de prótons de átomos de hidrogênio. Isso também explicaria, por exemplo, porque os Ovnis são observados com maior frequência perto de locais com atividade nuclear e grandes corpos d’água.

“Tudo isso é bem estranho, mas uma das primeiras observações de nosso grupo foi que os UAPs e a água são como waffles e xarope de bordo: onde está um, está outro. Às vezes, como no caso da mina no Congo ou, como discutiremos mais tarde, em embarcações nucleares no mar, o avista-mento de UAPs é associado à tecnologia nuclear e também à água”, diz um trecho do livro.

O AATIP chegou, inclusive, a desenvolver o plano de uma operação que funcionaria como isca para atrair, capturar e estudar UAPs. A ideia era reunir muitos equipamentos militares movidos a energia nuclear e com ogivas atômicas em um mesmo ponto na costa leste dos Estados Unidos.

“O plano para a operação Intruso era usar um porta-aviões nuclear como isca. Escolheríamos um ponto no Atlântico para deixar uma pegada nuclear gigantesca, irresistível para “nossos amigos de fora da cidade”, como passaram a ser chamados. Porta-aviões, destróieres, mísseis com capacidade para ogivas atômicas e submarinos nucleares — todos no mesmo local em um grande corpo d’água. A armadilha seria posicionada. Água e equipamentos nucleares, uma combinação irresistível. As agências parceiras esconderiam dispositivos de coletas de dados ao redor. Quando os UAPs aparecessem para investigar nossas manobras, a armadilha se fecharia, e concentraríamos todos os nossos ativos de inteligência para coletar dados”, diz outro trecho do livro.

“Iminente — Os bastidores da caçada do Pentágono a óvnis” é um livro que retrata a jornada de Luis Elizondo no comando do AATIP do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Publicado no Brasil pela editora Harper Collins e lançado em abril, ele traz detalhes sobre os estudos conduzidos pela equipe de Elizondo e seus esforços para dar visibilidade ao tema, que ainda enfrentava fortes pressões motivadas pela religião e pelas empresas norte-americanas do setor aeroespacial.

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Via CNN

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