A cada dia que passa, mais informações aparecem, sobre o embuste que nos assolou nos últimos 20 anos que envolve a tal geração de energia renovável, especialmente as obtidas por moinhos eólicos e painéis solares em grande escala, tanto elétricos quanto térmicos. Recentemente, o jornal Zero Hedge publicou um resumo dos fracassos verificados nos Estados Unidos (EUA), não só do que envolve a geração propriamente dita, mas também sobre os danos colaterais observados na natureza, contrariando a proposta inicial em serem “amigáveis ao meio ambiente”. Ao mesmo tempo, as ações realizadas no ramo energético pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em seu segundo mandato, trazem a esperança de que a ruína da fraude energética desponte no horizonte.
A justificativa do uso de tais fontes de geração de energia elétrica se baseia na hipótese do “aquecimento global”, na qual a suposta ausência de emissões de CO₂ na geração contribuiria para “estabilizar” a temperatura do planeta, fato esse nunca verificável na avaliação dos registros climáticos geológicos e glaciais, entre outros. Todos os outros fatores considerados “ambientais” desta geração são completamente disfarçados, não comentados ou simplesmente omitidos, como, por exemplo, o impacto ambiental da própria construção das estruturas que envolvem geradores eólicos, suas pás e os materiais dos painéis solares, desconsiderando a própria descaracterização visual das paisagens.
Entre os mais graves temos os que envolvem os espelhos solares, um tipo de usina constituída por um vasto campo de espelhos móveis que concentram os raios solares em um ponto focal, em que se situa um reservatório térmico contendo água. Uma vez aquecida, a água evapora e, sob pressão, faz circular uma turbina que, acoplada a um gerador, passa a fornecer energia elétrica.
É o exemplo do Sistema de Geração de Energia Solar Ivanpah, na Califórnia. Além de gerar pouquíssima energia, tornou-se uma verdadeira “frigideira de pássaros”, conforme editorial do Wall Street Journal, de 2014 no qual destacava que o empreendimento, financiado pelos contribuintes, virou um verdadeiro inferno para os animais locais. No caso em questão, qualquer objeto que passar apenas próximo das linhas de concentração será imediatamente incinerado.
Até o ano passado, ou seja, em dez anos de operação, estimou-se que centenas de milhares de aves foram mortas ao circularem perto da usina. A taxa de mortalidade dos pássaros beirava a um abate a cada dois minutos. Considerando um período diurno de 50% das horas de um dia, como média entre inverno e verão, chega-se a um número aproximado de 1,31 milhão de aves mortas durante a última década, sendo bastante conservador.
Não eram apenas as aves que se queimavam, mas também as finanças dos usuários do sistema, que tiveram de desembolsar muito dinheiro para pagarem as suas contas de eletricidade, a fim de sustentar os projetos mirabolantes de geração de energia implementados da era do ex-presidente Barack Obama e sua sanha ilusória em seguir a agenda ambientalista-climática.
Mike Shedlock, especialista em finanças e macroeconomia, lembrou que os governos não reconhecem seus fracassos, muito mais nessa área que envolve o tema ambiental, quando a “solução” torna-se drasticamente muito pior que o suposto problema. Assim, o próprio mercado, desde que não seja obrigado por força de leis, especialmente as toscas elaboradas por políticos corruptos ou semialfabetizados, acabará por derrubar os embustes.
Aparentemente, as contas deverão se acertar agora, em 2025, provavelmente também devido à Ordem Executiva “Liberando a Energia Americana” editada por Trump, pois criou um efeito bombástico na agenda ambiental-climática no tocante à geração de energia, exploração de recursos minerais e petróleo, entre outros pontos.
Segundo um editorial do Las Vegas Review-Journal, a Pacific Gas & Electric, uma importante concessionária da Califórnia já anunciou que não renovará sua compra de cota de energia da citada usina solar de Ivanpah. Assim, sem recursos financeiros futuros, duas das suas três torres serão desativadas até início de 2026, deixando poucas esperanças de que a terceira permaneça em atividade.
A jornalista Emerson Drewes, quando ainda no corpo editorial da Review-Journal, relatou que as autoridades federais do Serviço sobre a Pesca e Vida Selvagem (U.S. Fish and Wildlife Service) disseram que a usina de Ivanpah atuava como uma “mega-armadilha” para a vida selvagem. Conforme os especialistas, a luz brilhante dos espelhos acabava atraindo muitos insetos que, por sua vez, atraíam os pássaros insetívoros. Quando eles voavam para caçá-los eram incinerados pelos raios de luz solar altamente focados.
A média de dois pássaros mortos por minuto foi tirada pelos investigadores federais simplesmente observando a incineração instantânea das aves, sinalizada por uma coluna de fumaça ao redor dos espelhos, quando inspecionaram as instalações há cerca de dez anos. Os trabalhadores locais chegaram a apelidar as ocorrências de serpentinas (streamers) de tão comum a sua constatação.
Quanto ao desempenho energético, Ivanpah provou ser tão ruim que a Pacific Gas & Electric exerceu seu direito de rescindir o contrato, cujas negociações já foram concluídas, selando consequentemente o destino das duas torres geradoras alocadas para essa companhia no próximo ano. A Edison Electric também expressou sua vontade de desistir, pois entrou em negociações permanentes com os proprietários do projeto, com o pessoal do governo federal, discutindo o término do seu contrato com a concessionária, aproveitando certamente a onda da Ordem Executiva de Trump.
O embuste ambiental-climático vem cobrando a sua conta ano após ano, quando a todo o momento, outro empreendimento deste tipo entra em operação, causando prejuízos monumentais, muito mais significativos em longo prazo. Isso extermina de vez a conversa fiada de que tais sistemas se pagariam “no decorrer dos anos”, tornando-se uma prática financeira comum e até mais barata que as convencionais. Pelo contrário, os custos operacionais e a pouca geração de energia firme causaram escassez e sobrepreço no mundo inteiro onde se teimou aplicar esta porcaria.
Não vemos os ambientalistas “chapa-branca” reclamando das centenas de milhares de pássaros que claramente foram mortos nessa farsa que nunca foi lucrativa, mesmo com subsídios. Esse ainda é outro ponto a se elencar, pois o disfarce de sucesso de tais empreendimentos elétricos está na sua carga altamente subsidiada com dinheiro público aplicado pelos Estados, como é o caso dos EUA, cuja nova administração deixou explícito que vai averiguar e cancelar cada uma delas. Trata-se, outra vez, de mais um experimento que apenas visa repasse de dinheiro público a instituições privadas, alegando-se supostos ganhos ambientais.
No Brasil não é diferente, pois quando o dinheiro não vem do governo de forma direta, sai do BNDES, onde os recursos são aplicados na sustentação dessa máquina de baixo rendimento, representada pelos parques eólicos e fazendas solares. Na parte operacional, os altos custos de geração fazem os preços subirem vertiginosamente.
No próximo bloco, discutiremos mais sobre as mudanças na geração de energia nos EUA e como há sinais de que os ventos têm mudado para melhor, mas não para a eólica.