Início Destaque Eleitores mais pobres têm abandonado Lula e ido para a direita,

Eleitores mais pobres têm abandonado Lula e ido para a direita,

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Uma pesquisa da Genial/Quaest, segundo o jornal O Globo, revela crescimento dos nomes da direita entre eleitores mais pobres, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perde apoio nessa faixa tradicional do PT.

Sete dos oito candidatos de oposição testados entre eleitores que ganham até dois salários mínimos tiveram oscilação positiva entre março e maio, e Lula apresentou recuo nas simulações para o segundo turno de 2026.

O movimento acompanha o derretimento da popularidade do governo, que atingiu o maior índice de desaprovação divulgado na última semana.

Em um cenário com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), a distância entre ele e Lula caiu de 38 para 20 pontos na faixa mais pobre: Lula recuou de 52% para 49%, enquanto Tarcísio subiu de 27% para 29%.

Tarcísio lançou o programa SuperAçãoSP, que visa a tirar 35 mil famílias da pobreza. “O mais importante é a fé, a crença de que é possível superar a pobreza. Com os incentivos corretos, acredito que essas pessoas vão conseguir se emancipar”, disse.

Tarcísio, relata o jornal, aguarda o aval de Jair Bolsonaro (PL), inelegível por oito anos e réu por cinco crimes no STF, que mantém discurso de candidatura, mas resiste a indicar sucessor.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), tecnicamente empatada com Lula, ganhou dois pontos enquanto o petista recuou três numa simulação entre os dois. Michelle aposta no público feminino pelo PL Mulher e disputa espaço com Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O governador Ratinho Júnior (PSD-PR) subiu de 27% para 30%, enquanto Lula recuou quatro pontos. Eduardo Leite (PSD-RS), recém-filiado ao partido, aparece pela primeira vez na pesquisa.

“Portanto, o PSD já tem o seu rumo”, afirmou Gilberto Kassab, presidente do PSD. “Qualquer grande partido tem por sonho ter uma candidatura própria à presidência. Esquece a questão do Lula. Não é ‘Lula’ ou ‘não Lula’.”

Romeu Zema (Novo-MG) cresceu de 23% para 24%, e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) foi de 22% para 26% entre os mais pobres.

Em 2022, Lula tinha 61% das intenções de voto nesse segmento, contra 33% de Bolsonaro. Em 2014, Dilma venceu com 65%. Hoje, a disputa está mais equilibrada.

Direita entre evangélicos

O lulismo se enraizou em programas sociais como Bolsa Família, Fies, ProUni e Minha Casa Minha Vida. O cientista político Paulo Baía, da UFRJ, avalia:

“A percepção de estagnação, a frustração popular e o descontrole administrativo atingiram diretamente a confiança da população”, afirma Baía. “O governo insiste em velhas fórmulas, o que consolida um ciclo de desgaste.”

Na última terça, Lula anunciou três novos programas sociais: para subsidiar gás de cozinha, apoiar reformas de moradias e facilitar financiamento de motocicletas. “Queremos ver se a gente dá conforto a essas pessoas.”

A direita, segundo a reportagem, fortalece atuação entre evangélicos de baixa renda, que representam 26,9% da população segundo o Censo 2022. Líderes como Silas Malafaia e Edir Macedo têm forte influência nesse público.

Via Revista Oeste

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