Apesar da classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil ter vindo nesta quarta-feira, 21, com a vitória por 1 a 0 sobre o Novorizontino, o torcedor corintiano não anda nada satisfeito com o desempenho do time.
O gol salvador de Yuri Alberto saiu nos instantes finais da partida. A atuação coletiva do Corinthians, contudo, foi decepcionante diante de um adversário que ocupa apenas a nona colocação na Série B. E isso aumentou a desconfiança da Fiel.
Muitos já começam a questionar o trabalho de Dorival Júnior. E é justo dizer que ele tem sua parcela de responsabilidade.
Algumas decisões táticas do treinador não surtiram efeito. As alterações, por exemplo, demoraram para acontecer. Isso tanto no clássico contra o Santos quanto neste último confronto pela Copa do Brasil. No entanto, é preciso ser justo: Dorival está longe de ser o principal culpado pela má fase.
“Herança maldita” de Dorival Júnior do Corinthians
Se olharmos para o elenco que ele herdou depois o Campeonato Paulista, fica claro que as opções são limitadas. A diferença entre o que Ramón Díaz tinha em mãos e o que Dorival possui agora é gritante.
A maratona de jogos e o elenco enxuto forçaram o uso excessivo de nomes importantes como Rodrigo Garro e Memphis Depay, que foram ao limite físico durante o estadual. O desgaste era previsível, e a queda de rendimento, inevitável.
Portanto, a maior parte da responsabilidade pelo cenário atual recai sobre quem planejou e montou um grupo tão desequilibrado. Dorival, por ora, tenta tirar leite de pedra com o material que tem disponível.
Depois que o time atravessar o calendário pesado e recuperar suas forças — especialmente depois da para o Supermundial de Clubes da Fifa —, será mais justo fazer cobranças mais firmes ao treinador. Por enquanto, ele parece estar fazendo o possível em meio a tantas limitações.