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chuva alaga, paralisa trens e aciona sirenes

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O temporal que atingiu a capital e a Região Metropolitana de São Paulo neste sábado, 19, causou uma série de transtornos. As cidades mais impactadas foram São Bernardo do Campo, Diadema e Santo André, onde o volume de chuva ultrapassou em poucas horas a média esperada para quase um mês inteiro.

Em Diadema, a precipitação chegou a 101 milímetros. Santo André registrou 110 milímetros. Vários córregos transbordaram, entre eles o de Ribeirão Capela, o de Piraporinha e o de Ribeirão dos Meninos. O alagamento tomou avenidas importantes, como Casa Grande, Conceição, Fábio Eduardo Ramos, Ulisses Guimarães e São José. Em algumas áreas, veículos foram arrastados. Um homem precisou se abrigar sobre o carro enquanto a água subia.

No bairro Campo Limpo, na zona sul da capital, houve deslizamento de terra no quintal de uma residência. O muro cedeu. A Defesa Civil vistoriou o local, que não teve registro de feridos. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram ruas inundadas também em Cidade Tiradentes, Capão Redondo, Parque Santo Antônio e São Mateus.

Trens foram paralisados por conta da tempestade

A tempestade afetou o transporte ferroviário. A linha 7-Rubi da CPTM suspendeu a circulação entre as estações Campo Limpo Paulista e Botujuru. A linha 10-Turquesa também parou entre Santo André e Prefeito Saladino. Os dois trechos foram atendidos pelo sistema Paese. A concessionária Enel informou que 37,7 mil imóveis ficaram sem energia elétrica na Grande São Paulo por volta das 17h30.

O impacto do mau tempo atingiu ainda a Via Anchieta, onde o transbordamento do Ribeirão dos Couros bloqueou a pista central em ambos os sentidos, na altura de São Bernardo. O Corpo de Bombeiros recebeu 68 chamados por alagamentos, nove por quedas de árvore e nove por deslizamentos em toda a Região Metropolitana.

Cenário dramático no Guarujá, litoral de São Paulo

No Guarujá, litoral paulista, o cenário foi ainda mais dramático. Entre 17h30 e 23h30, a cidade acumulou 191 milímetros de chuva — acima da média esperada para o mês de abril, que é de 190,7 mm. Até agora, o acumulado do mês já soma 282 mm. O morro da Barreira do João Guarda entrou em estado de alerta máximo. Sirenes foram acionadas e moradores evacuaram a área, e buscaram abrigo na escola municipal Sérgio Pereira.

Um deslizamento interditou o Morro do Bio, de onde 17 pessoas foram removidas. Outro deslizamento ocorreu no Morro da Vila Baiana, na rua Colômbia, e deixou nove famílias desalojadas. Na Enseada, a rua Áureo Guenaga de Castro ficou completamente tomada pela água. Também houve registros de alagamentos nos bairros Pernambuco, Vila Edna, Vila Zilda e Santo Antônio.

De acordo com o Inmet e o Cemaden, o Jardim Albamar foi a região mais afetada, com 102 mm de chuva. Perequê, Enseada e Vila Baiana também registraram índices elevados. A Defesa Civil confirmou o envio de 1,1 mil itens de ajuda humanitária, como colchões, cobertores, cestas básicas e kits de higiene.

Santos enfrentou transbordamento do Canal 3, e a avenida da orla ficou intransitável. Em São Vicente, o asfalto cedeu na Linha Amarela, entre o Carrefour e a Linha Vermelha, e obrigou a interdição total do trecho. Técnicos da prefeitura, bombeiros e engenheiros foram mobilizados para avaliar os danos.

Neste domingo, 20, a chuva voltou a atingir o Guarujá durante a madrugada, por volta das 5h07. A Defesa Civil reforçou o alerta e recomendou cuidado redobrado.

A previsão segue preocupante. Segundo a Defesa Civil, as instabilidades permanecem ativas, com tendência de intensificação no Vale do Paraíba, Vale do Ribeira e litoral norte. Nas demais regiões paulistas, a previsão é de chuva moderada, sem potencial para grandes transtornos.

Novas sirenes serão instaladas pelo governo de São Paulo

Diante dos desastres, o governo de São Paulo anunciou a instalação de novas sirenes para alertar a população em áreas de risco. A primeira cidade a receber o sistema será Ferraz de Vasconcelos, na terça-feira 22. Em seguida, Francisco Morato, Capivari e São Luiz do Paraitinga também serão contempladas.

O investimento para os novos equipamentos soma R$ 1,3 milhão. As sirenes estarão conectadas a sistemas de monitoramento em tempo real. Além da instalação, a Defesa Civil irá realizar treinamentos para orientar a população sobre os procedimentos em caso de emergência.



Via Revista Oeste

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