Uma pesquisa mostrou que chatbots de inteligência artificial podem mais persuasivos do que humanos em discussões. De acordo com os cientistas, essa descoberta pode ter implicações no desenvolvimento da governança e no design de plataformas online.
Para gerar os resultados, o grupo de estudo da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, comparou o desempenho de 900 pessoas com o do GPT-4, modelo da OpenAI, em debates de 10 minutos sobre temas polarizados — como pena de morte, redes sociais e direitos das pessoas trans.
O estudo publicado nesta segunda-feira (19) na revista Nature Human Behaviour mostrou que em discussões em que o modelo de chatbot foi alimentado com informações prévias sobre seu oponente como como idade, escolaridade, profissão, gênero, etnia e orientação política, conseguiu ser 64,4% mais eficaz em persuadir seus interlocutores do que os humanos.
Entretanto, em conversas em que não tinha acesso ao contexto personalizado para aquele debate, o desempenho da inteligência artificial foi igual ao das pessoas que respondiam as provocações.
“A pesquisa mostra que, com dados do interlocutor, a IA não apenas responde – ela engaja, influencia e direciona decisões. Estamos falando de assistentes virtuais capazes de antecipar necessidades, adaptar a linguagem ao perfil do usuário e gerar soluções mais eficientes, com alto grau de convencimento”, afirma Douglas Torres, especialista em IA, em um comunicado à imprensa.
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